A chegada de passageiros no atracadouro do Catamarã no Centro Histórico de Porto Alegre foi intensa na manhã desta segunda-feira. A CatSul pôs ao menos um barco extra, com capacidade para 120 pessoas, e avaliava colocar mais um no Guaíba na manhã desta segunda-feira para dar conta da demanda, após a greve dos rodoviários na região metropolitana. Normalmente, segundo o gestor de Operações, João Pedro Wolff, o intervalo entre as embarcações é de 1h10min no período da manhã entre Porto Alegre e Guaíba, mas foi reduzido para 20 minutos, o mesmo do período de pico.
“Também não sabíamos da greve. Soubemos porque as pessoas que chegavam em Guaíba nos avisavam. Precisamos ajustar a demanda de maneira emergencial para isto, revisar barcos, tripulação, entre outros. Não é simplesmente colocar na água”, comentou ele.
A greve trouxe um componente adicional, já que a passagem do ciclone extratropical Biguá no domingo atrapalhou as operações, e ainda o túnel do Catamarã que leva ao Centro Histórico da Capital também alagou nesta manhã, mas este problema já foi resolvido.
Outra alternativa é o transporte por aplicativos. Relatos feitos ao Guaíba RS, da Record, indicaram que tarifas aumentaram muito devido à chuva e à alta procura no dia de hoje. Há alguns casos em que viagens de cidades da região Metropolitana para Porto Alegre ficaram perto de R$ 100.
Passageiros afetados
A advogada Tamirys Ferreira, moradora de Guaíba e trabalhadora em Porto Alegre, disse também ter ficado surpreendida com a paralisação. Ela chegou ao Centro Histórico de Porto Alegre e aguardava poder sair do terminal hidroviário por volta das 8h30min.
“Acredito que o sindicato tem o direito de fazer uma paralisação, mas então devem avisar os trabalhadores com antecedência”, comentou ela. “É muito complicado para quem mora e trabalha longe. Todo mundo tem que correr atrás da máquina”.
Já a secretária Laureni Moura dos Santos, também de Guaíba, logo que saiu da mesma embarcação, ingressou em outra fila na bilheteria do terminal em Porto Alegre para comprar a passagem da volta no final do dia. Cerca de 15 outras pessoas fizeram o mesmo. “Não é o habitual, porém não sabemos como será depois. Sempre há passagens e vagas disponíveis. A gente está nas mãos do transporte público”, salientou.