Sogra ordenou assassinato de comerciante em Novo Hamburgo, diz Polícia

Outras duas pessoas também foram indiciadas por morte de Priscila Morgana Diniz

Priscila Morgana Alves Diniz, morta aos 34 anos em Novo Hamburgo | Foto: Arquivo Pessoal / Redes sociais / CP

A Polícia Civil finalizou a investigação do caso envolvendo a comerciante Priscila Morgana Diniz, baleada e morta aos 34 anos em Novo Hamburgo, no dia 12 de outubro. Nesta sexta-feira, a instituição anunciou o envio do inquérito ao Poder Judiciário. A conclusão é que a sogra dela teria sido a autora intelectual do assassinato.

Ainda conforme a apuração policial, um sobrinho da mandante seria o atirador e outro suspeito teria atuado como motorista de uma motocicleta, na fuga após o crime. Os três já estão presos e vão responder por feminicídio majorado.

O companheiro da vítima, Jonas Diniz da Silva, de 41 anos, não foi indiciado. Ele chegou a ser detido como suspeito, mas foi solto na segunda-feira, após passar 43 dias no sistema prisional.

A apuração preliminar dava conta que o marido e a sogra de Priscila teriam interesse em sua execução, a fim de evitar eventual divisão de patrimônio em caso de separação. Tais elementos davam conta de que o casamento de Priscila estaria em vias de terminar.

No decorrer das investigações, foram realizadas novas diligências autorizadas judicialmente, bem como os interrogatórios dos suspeitos. De acordo com a delegada Marcela Ehler, responsável pelo caso, essas mesmas diligências foram capazes de comprovar, de modo inequívoco, que o marido da vítima não tem qualquer participação no delito, tampouco soube da intenção de seus familiares em praticar tal crime.

Relembre o caso

Priscila Diniz foi baleada na cabeça enquanto chegava ao restaurante em que trabalhava no bairro Canudos, na manhã de 12 de outubro. A sogra dela é a proprietária do estabelecimento.

Uma câmera de vídeo gravou o momento em que ela foi abordada por dois homens em uma motocicleta. As imagens mostram que um dos criminosos sacou uma arma e tentou disparar diversas vezes contra a vítima, que foi atingida na nuca. Ela chegou a ser levada com vida para o hospital, mas não resistiu e acabou morrendo três dias depois.