A ex-mulher de homem-bomba do STF (Supremo Tribunal Federal), Daiane Dias, morreu na manhã desta terça-feira, no Hospital de Lages, em Santa Catarina. Ela estava internada desde 17 de novembro, após incendiar a casa de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões no Congresso Nacional, e tentar tirar a própria vida.
Ex-mulher de homem-bomba do STF morre em hospital
Daiane teve queimaduras de 1⁰, 2⁰ e 3⁰ graus em todo o corpo após o incêndio. Segundo a delegada da Polícia Civil, Elisabete Prado, ela foi vista espalhando gasolina no local e em seu próprio corpo. Segundo informações da Polícia Civil, após atear fogo na casa do ex-companheiro, o homem que bombardeou o STF em 13 de novembro, ela incendiou o próprio corpo.
Antes da chegada dos socorristas, pessoas que estavam próximo do local socorreram a mulher. Enquanto recebia atendimento, ela pedia ajuda e chegou a dizer: “não quero ir presa”.
Explosões no STF
Imagens de câmeras de segurança mostraram a ação do autor do atentado em Brasília, que arremessou explosivos segundos antes de deitar no chão, sobre um outro artefato, que explodiu embaixo dele. O chaveiro, que vivia em Ceilândia há quatro meses, morreu na hora. O atentado aconteceu em 13 de novembro.
Quem é Francisco Wanderley Luiz, autor de atentado em Brasília
Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul, em SC, pelo PL em 2020 e recebeu 98 votos. Por meio de nota, o PL se manifestou sobre o caso.
“Reitero que o PL repudia veemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos. Reforçamos ainda que ataques a instituições públicas vão contra os princípios defendidos pelo partido” afirmou.
Na manhã do atentado em Brasília, Luiz entrou na Câmara dos Deputados usando chinelos e um chapéu. Ao passar pelo raio-X da Casa, ele mostrou portar apenas uma carteira e uma chave, que aparenta ser do carro que explodiu próximo ao mesmo anexo.
“Tiü França” e as teorias da conspiração
Nas redes sociais, Francisco tinha um perfil ativo e compartilhava conteúdos relacionados a política, religião e teorias da conspiração. O autor das explosões em Brasília acreditava na existência do QAnon (teoria de extrema-direita em que adeptos da esquerda são adoradores de Satanás, pedófilos e canibais).
Além disso, também publicava frequentes críticas aos ministros do STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos líderes da Câmara dos Deputados e Senado Federal. Em postagens recentes, Francisco escreveu que o dia 15 de novembro, feriado de Proclamação da República, seria “especial para iniciar uma revolução”.
Testemunhas relataram às autoridades que o autor das explosões no STF em Brasília usava roupas que lembravam o personagem Coringa, vestindo um terno personalizado com naipes de cartas. Um chapéu branco foi encontrado ao lado do corpo. Ele morreu ao acionar um explosivo próximo à própria cabeça.