O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 5,6 pontos em novembro, atingindo 110,4 pontos. Com isso, o indicador retorna à faixa desfavorável, acima dos 110 pontos, da qual havia se afastado desde julho. Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br subiu 0,9 ponto, alcançando 107,7 pontos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 29, pela instituição.
“Em novembro, o Indicador de Incerteza Econômica interrompeu a trajetória de queda iniciada em junho e voltou a subir, pressionado por fatores internos e externos. No cenário interno, o aumento da incerteza foi influenciado pela expectativa em torno do anúncio de novas medidas fiscais. Externamente, o cenário foi marcado por dúvidas sobre as diretrizes de política econômica do novo governo norte-americano. O componente de Expectativas, que havia recuado no mês anterior, registrou alta em novembro, refletindo maior dispersão nas previsões das variáveis, com destaque para as incertezas em torno do câmbio futuro. A continuidade dessa tendência de alta do IIE-Br nos próximos meses dependerá dos desdobramentos do pacote fiscal anunciado no final do mês, cujos efeitos ainda não foram contabilizados no resultado de novembro”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
O componente de Mídia do IIE-Br subiu 4,5 pontos em novembro, para 108,5 pontos, contribuindo positivamente com 3,9 pontos para a alta do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 7,6 pontos no mês, para 113,8 pontos, contribuindo de forma positiva com 1,7 ponto para o resultado do IIE-Br de novembro.