A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realiza nesta quarta-feira, 27, em Brasília, o 14º Encontro Nacional da Indústria (Enai), principal evento de mobilização do setor. Com o tema “Neoindustrialização e redução do Custo Brasil: uma nova indústria para um futuro sustentável”, a edição aborda o futuro da indústria, alinhando avanços tecnológicos, inovação e sustentabilidade às demandas do século XXI. O estado contará com uma comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) de 80 pessoas.
Participam do encontro dirigentes das federações estaduais da indústria, de associações setoriais e sindicais, autoridades e especialistas. A abertura, às 9h, terá a presença do presidente da CNI, Ricardo Alban, e do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que lançará o Observatório do Custo Brasil.
“O Encontro Nacional da Indústria é uma oportunidade para discutirmos políticas e soluções que impulsionem a produtividade, preparando o setor industrial brasileiro para enfrentar as transformações do mercado e as exigências de sustentabilidade e inclusão, fundamentais para o desenvolvimento do país”, destaca o presidente da CNI, Ricardo Alban.
RELATÓRIO
O último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado em janeiro deste ano, demonstrou o retorno da política industrial como centro da estratégia das principais economias do mundo, sejam elas de países desenvolvidos ou emergentes. Atualmente existem mais de 2,7 mil mecanismos de apoio à indústria no mundo. Desde 2019, só os países desenvolvidos já investiram certa de US$ 12 trilhões no fortalecimento das bases industriais.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi, o Brasil está conectado ao movimento. “O programa Nova Indústria Brasil, o Plano Mais Produção, o Plano de Transformação Ecológica e o novo PAC são agendas impulsionadoras da atividade industrial. Isso marca um novo ambiente muito positivo. Será o primeiro Enai com uma agenda de política industrial”, afirmou Lucchesi.
O Custo Brasil também terá destaque na programação do Enai. Sistema tributário ineficiente e complexo, alta taxa de juros e insegurança jurídica, entre outros fatores que retiram competitividade do mercado brasileiro, custam mais de R$ 1,7 trilhão ao país por ano. A transição energética e a descarbonização produtiva também vão permear os debates, munidos das últimas negociações sobre clima na recém encerrada Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), no Azerbaijão, da qual a CNI participou com ampla programação de debates e cases.