O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 1,5 ponto em novembro, para 95,7 pontos, menor nível desde abril de 2024 (95,2). Na média móvel trimestral, o índice recuou 0,6 ponto. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV\Ibre). Em novembro, a cautela cedeu ao pessimismo: a confiança setorial desceu um degrau distanciando-se do patamar que denota percepção otimista, seja em relação à situação corrente ou aos próximos meses.
“Vale notar que esse movimento não representa enfraquecimento da atividade, que ainda segue forte refletindo o ciclo de negócios recentes – o indicador de Evolução Recente da Atividade tem se sustentado acima dos 100 pontos há cinco meses. Por trás da avaliação mais negativa do momento atual, estão as dificuldades com a falta de mão de obra qualificada e a consequente elevação dos custos, que estão afetando cada vez mais empresas. Mas a perspectiva de um cenário mais difícil nos próximos meses já reflete na piora das expectativas,” observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
A queda do ICST de novembro foi influenciada tanto pela piora da avaliação sobre o momento atual quanto pela piora das perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) caiu 1,3 ponto, para 95,5 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 1,7 ponto, para 96,1 pontos, menor nível de junho de 2023 (95,0).
O resultado do ISA-CST foi influenciado exclusivamente pela queda do indicador de volume de carteira de contratos que recuou 3,5 pontos, para 94,1 pontos, enquanto o indicador de situação atual dos negócios avançou 0,9 ponto, para 96,8 pontos. Pela ótica do IE-CST, os dois componentes recuaram: indicador de demanda prevista nos próximos três meses cedeu 1,9 ponto, atingindo 98,1 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuiu 1,5 ponto, chegando aos 94,0 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção registrou queda de 0,7 ponto percentual (p.p.), para 79,0%. Os NUCIs de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos caíram 0,6 e 1,6 p.p, para 80,4% e 73,2%, respectivamente.