O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 2,6 pontos em novembro, para 95,6 pontos, maior nível desde abril de 2014 (96,6 pontos). Em médias móveis trimestrais o índice avança 0,8 ponto, para 94,1 pontos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). A alta da confiança de novembro reposiciona o indicador na trajetória ascendente iniciada em junho deste ano, a qual foi interrompida no mês anterior.
“Ela é motivada, principalmente, pela melhora das expectativas para os próximos meses e disseminada entre as faixas de renda. No mês, o indicador que mais contribuiu com a alta foi o que mede o ímpeto de compras de duráveis, seguido pela melhora dos indicadores que retratam a situação financeira presente e futura dos consumidores. Esse resultado retrata uma melhora na percepção dos orçamentos familiares, que são impactados positivamente pela continuidade de bons sinais no mercado de trabalho e na atividade econômica em geral”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
ALTA DA CONFIANÇA
Em novembro, a alta da confiança foi influenciada principalmente pela melhora das expectativas em relação aos próximos meses, com alta menos expressiva no indicador que mede as avaliações sobre o momento atual. O Índice de Expectativas (IE) avançou 3,7 pontos, para 103,4 pontos, maior nível observado desde setembro de 2023 (103,9 pontos) e o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,6 ponto, para 84,3 pontos, mantendo-se no maior nível desde dezembro de 2014 (86,8 pontos).
Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede o ímpeto de compras de bens duráveis foi o que apresentou a maior contribuição para a alta da confiança no mês ao avançar 8,8 pontos, para 96,8 pontos, maior nível desde julho de 2014 (96,8 pontos). No mesmo sentido, o indicador que mede as perspectivas para as finanças futuras das famílias avançou em 3,3 pontos, para 107,1 pontos, retornando ao nível observado em julho deste ano (107,1 pontos). Apenas nas perspectivas para a situação futura da economia houve redução do otimismo com recuo de 1,2 ponto no indicador, para 106,1 pontos, em sua terceira queda consecutiva.
A alta observada no ISA foi resultado de variações distintas nos indicadores que o compõem: na percepção sobre as finanças pessoais das famílias, o indicador avançou em 2,9 pontos, para 76,2 pontos, em sua segunda alta consecutiva, enquanto o que mede a percepção sobre a economia local recuou 1,6 ponto, para 92,8 pontos.