Um aparecia muito como a cara do governo Jair Bolsonaro. O outro agia nos bastidores, mas também era do primeiro escalão. Os generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes despontam em relatório da PF (Polícia Federal) como nomes que ligam os planos de assassinar autoridades e da tentativa de golpe para permanecer no poder.
Do relatório feito pela corporação saiu a prisão de Fernandes e mais quatro pessoas na Operação Contragolpe, na terça-feira (19). Todos são suspeitos de participação em uma trama para o assassinato do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice, Geraldo Alckmin, além do sequestro e execução do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O próprio Moraes, vítima do suposto plano e responsável pelo caso no Supremo, decidiu pela operação da PF. Ela é continuação do inquérito que investiga uma “organização criminosa” suspeita de atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do estado democrático de direito após o resultado da eleição presidencial de 2022, segundo palavras de Moraes.
Supostamente, de acordo com a PF, o grupo usaria a vitória Lula contra Bolsonaro por uma pequena margem de votos no segundo turno para questionar a eleição e iniciar a operação do golpe.