Após 19 dias de realização da 70ª Feira do Livro de Porto Alegre, já se tem uma certeza de que o evento teve uma boa presença de público, principalmente nos finais de semana e feriados, que aprovou a mudança de horários de funcionamento, das 10h às 20h. Os números finais da Feira serão anunciados às 18h de hoje com uma coletiva de balanço final, que será realizada no Espaço Jovem Banrisul.
Na parcial de vendas anunciada na metade da Feira, o evento fechou os primeiros dez dias de programação com muitos motivos para comemorar. Conforme os dados divulgados na segunda, 11, pela Câmara Rio-Grandense do Livro, foram quase 130 mil livros vendidos, número 12% maior do que no mesmo período ano passado. A margem pode crescer se computado o último final de semana que teve calor e feriadão prolongado desde sexta e também as vendas previstas para hoje até as 20h. “Mais do que nunca os gaúchos abraçaram a Feira do Livro e estão sendo fundamentais para a retomada do setor livreiro. É emocionante ver o movimento nas bancas, as filas de autógrafos, as escolas prestigiando as atividades”, destacou Maximiliano Ledur, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro na semana passada.
Após a coletiva, às 19h, ocorre o cortejo de encerramento da Feira, com saída do Teatro Petrobras Carlos Urbim. Este é um grande momento de congraçamento que tem a trilha sonora da música “Está Chegando a Hora”, composição de Henricão e Rubens Campos, de 1941, que foi uma adaptação da canção “Cielito Lindo”, dos mexicanos Quirino Mendoza e Cortés. Enquanto cantam “Ai, ai, ai, está chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem e eu tenho que ir embora”, a equipe da Feira, junto com o patrono Sergio Faraco, vai entregando rosas vermelhas aos livreiros e leitores, enquanto é tocado o sino para encerrar a Feira. Às 20h, ocorre a apresentação da OMAF Orquestra, na Praça Gerdau.
Um destaque da Feira foi a Paraíba como estado convidado. “Da prosa à poesia: a Paraíba tem história para contar” era a frase escrita no estande da livraria “A União”. As obras em destaque no estante são as do primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel, Leandro Gomes de Barros. Outro espaço interessante é a Cordelteca, exposição de livretos de cordel, no 3° andar do Clube do Comércio (Andradas, 1085), das 10h às 20h desta quarta-feira, dia 20.