PIX completa quatro anos com mudanças

Tecnologia já envolve 154,8 milhões de usuários pessoas físicas e 15,2 milhões de pessoas jurídicas

Foto: Jonathas Costa/Especial

O Pix completou neste final de semana quatro anos de operação, com com 154,8 milhões de usuários pessoas físicas e 15,2 milhões de pessoas jurídicas. A maior parte das transações, 48%, é feita entre pessoas, mas os pagamentos para empresas vêm ganhando espaço e chegaram a 40% em outubro. Para comparação, em novembro de 2022, essa divisão era de 66% e 24%, respectivamente.

Conforme dados do Banco Central 71,5 milhões de pessoas foram incluídas no sistema financeiro com o Pix. Uma das novidades previstas é o Pix por aproximação, que prevê a possibilidade de utilizar o Pix de modo similar ao pagamento feito por cartões sem contato. A obrigatoriedade de disponibilização do serviço para as instituições que participam do open finance está prevista para fevereiro de 2025, mas já está sendo disponibilizada por algumas instituições, como o Banrisul, que foi o primeiro banco a disponibilizar Pix Automático aos seus clientes

Além da transferência por aproximação, o BC trabalha no Pix automático, que terá uma função parecida com o débito automático e será lançad,o em junho de 2025. E desde o dia 1º de novembro, o Pix tem novas regras, que limitam os valores transferidos por celulares ou computadores não cadastrados. Assim, caso o aparelho nunca tenha realizado uma transação via PIX, as transferências serão limitadas a R$ 200 por transação, somando R$ 1.000 em todas as transações no dia. Além disso, foi adiada para 16 de junho de 2025, o lançamento do PIX Automático, que estava previsto para outubro deste ano.

AJUSTES

Os ajustes no Regulamento do Pix, com aperfeiçoamentos nos seus mecanismos de segurança e com a nova data de lançamento do Pix Automático foram publicados na  Resolução BCB nº 402 e a Resolução BCB nº 403. No caso da mudança de valor para aparelhos novos, para transações fora destes limites, o dispositivo de acesso deverá ter sido previamente cadastrado pelo cliente. Para não causar inconvenientes a usuários que já utilizam um dispositivo específico, essa exigência de cadastro se aplica apenas para dispositivos de acesso que nunca tenham sido utilizados para iniciar uma transação Pix.

Conforme a autoridade monetária, essa medida minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix. “Isso dificultará a fraude em que o agente malicioso consegue, por meio de roubo ou de engenharia social, as credenciais, como login e senha, das pessoas”, diz o BC.