O Brasil e a Argentina devem assinar na segunda-feira, 18, memorando de acordo para viabilizar a importação de gás natural pelo Brasil da região argentina de Vaca Muerta. A expectativa é que a assinatura aconteça paralelamente à Cúpula de Líderes do G20. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro de Economia da Argentina, Luís Caputo, terão um encontro na segunda, em que devem assinar o documento.
O governo brasileiro quer aumentar em 2 milhões de metros cúbicos por dia a importação de gás natural já no início de 2025, podendo aumentar para 10 milhões de metros cúbicos por dia nos próximos três anos, chegando a 30 milhões até 2030. De acordo com dados do governo federal, o consumo do Brasil atualmente é de 70 a 100 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.
A expectativa do governo é que o gás de Vaca Muerta, que custa US$ 2 por milhão de BTUs (unidade de referência neste mercado) na Argentina, chegue ao Brasil por entre US$ 7 e US$ 8. Atualmente, o preço praticado no mercado brasileiro é de até US$ 14 por milhão de BTUs, segundo o setor industrial.
Uma das possibilidades é que a importação chegue ao Brasil através do Paraguai, construindo um gasoduto novo pelo Chaco Paraguaio, ligando a Argentina direto em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. A origem exata do gás será das províncias Neuquen e Rio Negro, ambas na Argentina.