Maioria de bares e restaurantes projetam alta de vendas para o final de ano, aponta Abrasel

Segmento projeta contratar novos funcionários para atender à demanda

Crédito: Midjourney/Abrasel

Em meio a um cenário de superação e desafios, os empresários do setor de alimentação fora do lar no Rio Grande do Sul projetam um fim de ano positivo para vendas e contratações. De acordo com a mais recente pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel-RS), realizada entre os dias 21 e 28 de outubro, 65% das empresas do setor esperam aumentar o volume de vendas no período de festas, e 38% pretendem contratar novos funcionários para atender à demanda. Mesmo assim, problemas como endividamento, prejuízos recentes e dificuldade de reajuste de preços continuam a preocupar o setor.

A presidente da Abrasel no RS, Maria Fernanda Tartoni, destaca a força e a persistência dos empresários. “Apesar das dificuldades enfrentadas, como dívidas e prejuízos, a resiliência do setor é evidente: 65% das empresas esperam aumentar as vendas no fim do ano e 38% planejam contratar mais funcionários. A criação de Refis pós-enchente é urgente para apoiar essa recuperação”, afirma Maria Fernanda, enfatizando a necessidade de apoio governamental para aliviar o fardo financeiro que impacta boa parte do setor.

A pesquisa revela que 36% das empresas registraram prejuízo em setembro, enquanto outras 29% conseguiram manter-se em equilíbrio, e 35% lucraram. O cenário inflacionário também é um desafio para o setor: 47% dos empresários não conseguiram reajustar os preços de seus cardápios nos últimos 12 meses, pressionando ainda mais as margens de lucro.

ENDIVIDAMENTO

O endividamento é uma preocupação latente para os bares e restaurantes gaúchos: 33% das empresas estão com dívidas em atraso. Dentre estas, 86% enfrentam débitos de impostos federais e 53% têm empréstimos bancários pendentes. Outros tipos de dívida incluem impostos estaduais (44%), encargos trabalhistas e previdenciários (28%), contas de serviços públicos como água, luz e gás (25%), e débitos com fornecedores de insumos (11%) e equipamentos (14%).

Além de um crescimento nas vendas, o setor espera aquecer o mercado de trabalho temporário no estado. A previsão é que 38% dos empresários do setor de alimentação fora do lar façam novas contratações para suportar a demanda elevada de fim de ano, enquanto 53% afirmam que devem manter o atual quadro de funcionários. Apenas 9% indicaram a possibilidade de demissões no período.