Mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na manhã desta quarta-feira, na casa e no gabinete do vereador em exercício Pablo Melo (MDB). As diligências ocorreram como desdobramento da Operação Capa Dura, que investiga supostos desvios de recursos na Secretaria da Educação de Porto Alegre (Smed).
De acordo com a Polícia Civil, o político é suspeito de atuar na intermediação de compras irregulares realizadas pela Smed. Ainda no bojo da investigação, uma ordem judicial afastou o emedebista das funções públicas por 180 dias. Ele é filho do prefeito Sebastião Melo, que não é investigado.
O que diz Pablo Melo
Nessa terça-feira, Pablo Melo falou sobre o afastamento da Câmara de Vereadores. Em nota divulgada à imprensa, Pablo Melo se disse “surpreso e indignado com a decisão”, mas anunciou que irá acatar a ordem judicial”.
“Recebo com surpresa e indignação a informação de que, por decisão judicial, estou sendo afastado das funções públicas pelo prazo de 180 dias. Tenho vida pública e partidária há mais de 20 anos, sem qualquer tipo de ação ou conduta que desabone minha trajetória. Caso isso seja confirmado, cumprirei a decisão, me colocando à disposição para qualquer tipo de esclarecimento”, disse.
O que diz a Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil afirma que a suspensão das funções públicas do parlamentar “garante a integridade das investigações, afastando suspeitos de envolvimento nos ilícitos”. A investigação aponta o envolvimento de Pablo Melo na intermediação de compras supostamente ilícitas realizadas pela Smed. Também existem mandados de busca e apreensão contra o vereador.