A corrida contra o tempo para o segundo dia de provas do Enem 2024 em Porto Alegre

Horas que antecederam início das provas nos principais locais de votação na Capital foram marcados por movimento intenso no trânsito

ENEM - Segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Foto: Pedro Piega/CP

Desde o final da manhã, quem transitava pela avenida Ipiranga, nas proximidades da PUCRS, encarava um trânsito pesado, muito em função do deslocamento dos estudantes que participam, neste domingo, do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O mesmo também aconteceu em outros pontos de Porto Alegre, perto dos principais locais de provas. Neste segundo dia do Enem 2024, os candidatos terão pela frente 90 questões de múltipla escolha de ciências da natureza (química, física e biologia) e de matemática.

No bairro Partenon, o trânsito estava carregado desde antes do cruzamento com a avenida Salvador França. Muitos agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC) estavam no local auxiliando na organização do fluxo para quem descia na PUCRS. Assim como em todo o país, os portões para os prédios onde a prova está sendo aplicada foram fechados exatamente às 13h, gerando um momento de correria daqueles que chegaram em cima da hora. A prova teve início às 13h30min.

Para fugir do trânsito intenso e da possibilidade do atraso, muitos alunos e pais preferiram antecipar a ida para os locais de votação. Um destes casos foi da moradora da Lomba do Pinheiro, Cristiane Santos, de 49 anos, que saiu de casa antes das 11h30min, justamente para garantir o acesso da filha, Dafnny Santos, de 16 anos. Apesar da preocupação com o horário, a menina está realizando o Enem 2024 como treino para as futuras edições.

“Chegar aqui foi tranquilo pois saímos muito cedo de casa. Antes do meio dia, já estávamos na PUCRS. Agora vou ficar pela universidade esperando a prova. Nesse meio tempo, eu jogo no celular, faço palavras-cruzadas e dou uma caminhada. O espaço aqui é bom para aproveitar enquanto aguardo por ela. Mesmo que ela não esteja fazendo para valer, a gente fica com o coração na mão, com uma expectativa que dê tudo certo”, contou a mãe.

Além dela, a moradora do Partenon Evelena Rodrigues, de 46 anos, também fez questão de dar um último apoio e acompanhar o filho, Gustavo Rodrigues de Andrade, de 19 anos, na prova. Para garantir que ele não se atrasaria para a aplicação do exame, antes das 12h30 o jovem já tinha entrado no prédio em direção à sala de aplicação.

A irmã mais nova, Gabriela, de 15 anos, também acompanhou a família, já para se acostumar com a correria, já que pretende fazer a prova em 2025, como treineira. “A gente veio acompanhar ele. Como moramos aqui perto, saímos pouco antes das 12h, então foi fácil chegar. O Gustavo está fazendo a prova para Administração e acha que foi bem no primeiro dia de prova, então estamos na expectativa. Daqui, nós vamos para o mercado para esperar ele em casa”, relatou Evelena.

Logo após as 13h, com o fechamento dos portões, o trânsito na avenida Ipiranga voltou à normalidade e, aos poucos, o número de agentes da EPTC no local começou a reduzir. No domingo anterior, primeiro dia de prova, os candidatos tiveram que responder a 90 questões objetivas sobre linguagens e ciências humanas, e escrever uma redação sobre os “desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.