A confiança do empresário do comércio no Rio Grande do Sul em outubro retomou o patamar regular do período pré-tragédia climática no estado. Conforme o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio Gaúcho (ICEC-RS), da Fecomércio-RS, o percentual atingiu 107,3 pontos, valor 3,5% superior ao patamar de setembro de 2024, mas uma queda de 4,7% em relação a outubro de 2023. Essa foi a quarta alta consecutiva do ICEC-RS na margem, mas já são 22 meses consecutivos de recuo.
As condições atuais (ICAEC) registraram 87,7 pontos em outubro de 2024. Em setembro de 2024, o resultado era de 83,8 pontos e, em outubro de 2023, de 87,1 pontos. Assim, frente ao mês anterior houve aumento de 4,6%, enquanto na comparação com o mesmo período do ano anterior houve alta de 0,6%. Este resultado trouxe as condições atuais para um nível que supera o da edição de maio de 2024 (83,9 pontos) pela primeira vez desde a tragédia climática. Essa melhora é mais fortemente explicada pela avaliação das condições atuais do comércio que se encontra 6,9% maior do que o patamar de maio de 2024.
RECUPERAÇÃO
O subíndice de expectativas (IEEC) também apresentou recuperação em relação ao pré-crise. Aos 130,9 pontos (crescimento de 1,7% na margem e baixa de 7,5% na comparação interanual). Em maio de 2024, o índice registrava 128,3 pontos. Já o índice de Investimentos (IIEC) registrou 103,4 pontos e teve avanço de 4,8% na margem. Em relação a outubro de 2023, houve recuo de 5,5%.
Este é o único subíndice que ainda não superou o patamar pré-crise. A análise das componentes do indicador revela percepções de melhora na contratação de funcionários, em investimentos e também na situação dos estoques. A única componente do IIEC que não superou o patamar pré-crise é a situação atual dos estoques.
“O retorno da confiança ao patamar pré-crise é um bom sinal. Contudo, seguimos preocupados com a sustentação desta recuperação. Os recursos e auxílios de reconstrução apoiaram nesta recuperação de curto prazo, contudo, as perdas de estoque de capital foram significativas e impactam no crescimento de longo prazo”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.