A Trensurb iniciou nesta sexta-feira a reconstrução da casa de bombas da bacia rodoferroviária, localizada junto à confluência das avenidas Sertório e Voluntários da Pátria, em Porto Alegre, com o objetivo de evitar o acúmulo de água na via do metrô. Técnicos já trabalham no local desde cedo. Conforme a estatal, após o rompimento da comporta de número 14 do sistema de proteção contra enchentes, diversas estruturas e equipamentos no local sofreram danos irreversíveis, incluindo painéis de controle e a subestação de alimentação elétrica das bombas.
A nova subestação elétrica, também conforme a Trensurb, terá sua capacidade de carga aumentada, assim como os dois grupos geradores de energia, garantindo redundância de abastecimento de energia elétrica e evitando paralisações das bombas. As tubulações internas da casa de bombas serão substituídas, assim como as válvulas e registros.
O contrato foi assinado no último dia 1º com a ALS Construtora e Ferrovia, que a partir de agora tem prazo de oito meses para sua conclusão. Ele prevê ainda a construção em cota elevada dos prédios que abrigarão a subestação de energia do local, garantindo redundância do abastecimento e evitando paralisações.
Quatro das seis bombas principais, que são de modelo antigo, também serão substituídas por equipamentos mais modernos, com valor estimado de R$ 660 mil para aquisição. Nas estações inundadas pelas enchentes, o trabalho de recuperação segue, e o prazo de reabertura das três restantes, São Pedro, Rodoviária e Mercado, continua sendo o dia 24 de dezembro.
Na última terça-feira, a 8ª Vara Federal de Porto Alegre negou o pedido para que o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) assuma a gestão e operação da Casa de Bombas. A decisão é do juiz José Ricardo Pereira, mas o mérito da ação ainda será julgado. A Prefeitura de Porto Alegre e o Dmae haviam ingressado com ação contra a Trensurb, dizendo que o pedido de transferência “visa assegurar a eficiência na drenagem urbana da capital e prevenir novos alagamentos que vêm afetando a população porto-alegrense”.
Em sua defesa, a empresa de trens alegou que a bacia não poderia ser cedida, pois faz parte integrante da via permanente (trilhos), sendo projetada para esgotar a água acumulada nesta e não na via pública. A Procuradoria-Geral do Município (PGM) afirmou que analisa a decisão e estuda possíveis medidas judiciais.