Os títulos de renda fixa de curto prazo fecharam mais um mês com os maiores resultados mensais. O destaque ficou com as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) com duração de um dia útil, que tiveram alta de 0,98% em outubro. Os dados fazem parte da carteira da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
“O cenário econômico de médio e longo prazo está tomado por preocupações do mercado relacionadas ao cenário inflacionário brasileiro, já que as expectativas permanecem acima da meta para 2025, impactando a atratividade dos títulos mais longos. Ao mesmo tempo, a atenção dos investidores em outubro estava nas eleições dos Estados Unidos, que têm impacto nos juros dos mercados emergentes” comentou Marcelo Cidade, economista da ANBIMA.
Entre as NTN-Bs (papéis indexados ao IPCA), os títulos com vencimento em até cinco anos, refletidos no IMA-B 5, cresceram 0,74% no mês. Já o IMA-B 5+, que acompanha os títulos com prazo acima de cinco anos, caiu 1,66% no mesmo período. Nos prefixados, o índice IRF-M 1, de títulos com prazo de até um ano, avançou 0,84%. Enquanto isso, o IRF-M 1+, carteira de prefixados mais longos (acima de um ano), recuou 0,14% no mês. No geral, o índice que acompanha todos os títulos que compõem a dívida pública, teve rentabilidade de 0,38% em outubro e 5,39% no ano.
TÍTULOS CORPORATIVOS
Assim como nos títulos públicos, as debêntures de prazo mais curto tiveram as melhores rentabilidades do mês. O IDA-DI, que contempla os papéis indexados ao DI diário e com prazo de um dia útil, foi o único recorte que apresentou resultado positivo em outubro, com crescimento de 0,91%.
O IDA IPCA infraestrutura, que reflete as debêntures incentivadas, registrou perda de 0,33% no mês, e as debêntures sem isenção fiscal, do IDA IPCA ex-infraestrutura, recuaram 0,06%. No geral, o IDA, que acompanha todas as debêntures marcadas a mercado, avançou 0,40% no mês e 9,11% ano.