Na passagem de agosto para setembro, a produção industrial brasileira cresceu 1,1%, com alta em sete dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. Os maiores aumentos foram registrados por Espírito Santo (2,4%), Goiás (2,4%), Santa Catarina (2,3%) e Rio Grande do Sul (1,9%). Na comparação com setembro de 2023, a indústria avançou 3,4% e as taxas positivas foram verificadas em 14 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado em 12 meses houve alta de 2,6%, com 17 dos 18 locais analisados mostrando resultados positivos, enquanto o índice acumulado no ano teve expansão de 3,1%, com resultados positivos em 17 dos 18 locais observados. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esse crescimento reflete um movimento compensatório em relação ao mês de julho, quando ocorreu uma queda mais significativa de 1,3%. Junto ao mês de agosto, quando houve uma variação positiva de 0,2%, há um acumulado de 1,4%, o que elimina a perda observada anteriormente. Este resultado também se explica pela melhora no mercado de trabalho, com menor desemprego e, portanto, maior consumo e renda disponível das famílias, aumentando a demanda, cujo efeito recai diretamente sobre a produção industrial”, explicou Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.
Espírito Santo (2,4%) e Goiás (2,4%) apresentaram os avanços mais acentuados, após recuarem no mês anterior: -0,9% e -0,4%, respectivamente. Bernardo Almeida explica que no caso do Espírito Santo, o crescimento se dá por conta do setor extrativo, muito atuante na indústria capixaba. Já em Goiás, ele atribui aos “setores extrativo e metalúrgico agindo positivamente sobre o comportamento da indústria do estado. Esta taxa é a mais intensa desde dezembro de 2023, quando atingiu 2,6%”.
Maior parque industrial do país, São Paulo avançou 0,9% em setembro, abaixo da média nacional. “Esse avanço vem depois de dois resultados negativos, que acumularam uma perda de 2,4%. Em setembro, o setor de derivados do petróleo foi o que mais contribuiu para o comportamento da indústria paulista”.
COMPARAÇÃO COM 2023
No lado das quedas, Ceará (-4,5%), Amazonas (-3,1%) e Pernambuco (-2,6%) registraram as taxas mais expressivas. Bernardo Almeida aponta os setores de produtos químicos e o setor de artefatos do couro, artigos para viagem e calçados como os principais para a queda na indústria cearense.
O setor industrial teve alta de 3,4% frente a setembro do ano passado e, regionalmente, 14 dos 18 locais pesquisados acompanharam o resultado positivo. No Rio Grande do Sul o crescimento foi de 2,5%.