Microfloresta compõe a entrada do Fórum Central de Porto Alegre

Ação faz parte das atividades da Virada Sustentável e foi realizada pelo Instituto Toda Vida em parceria com Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

A microfloresta urbana feita com o método Miyawaki cresce 10 vezes mais rápido | Foto: Pedro Piegas

A partir desta segunda-feira, uma microfloresta compõe a entrada do Fórum Central de Porto Alegre. Como parte da programação da Virada Sustentável, estudantes, servidores e voluntários uniram-se para plantar 300 mudas de mais de 34 árvores nativas, em um espaço de 100 metros quadrados.

A engenheira e presidente do Instituto Toda Vida, Lígia Miranda ressaltou que soluções baseadas na natureza são formas mais econômicas de cuidar do planeta. Ela defende que a criação de “espaços esponja”, como o da entrada do Fórum, é uma solução prática e acessível para lidar com questões ambientais na Capital.

Ligia destacou que o indicador de qualidade da microfloresta urbana feita com o método Miyawaki – que prevê o plantio de duas a três mudas por metro quadrado – é espetacular: “Ela cresce 10 vezes mais rápido e tem 100 vezes mais biodiversidade, além de absorver ruído e poluição 30 vezes mais”, explicou.

Plantio de 300 mudas de mais de 34 árvores nativas no Foro Central I Plantio de 300 mudas de mais de 34 árvores nativas no Foro Central I | Foto:

Para Cláudia Souza Caetano, responsável pela educação ambiental no Instituto Toda Vida, o plantio das árvores envolve uma emoção especial, pois significa envolver jovens em ações concretas pelo meio ambiente. Ela acredita que, no futuro, os alunos poderão sentir orgulho ao verem essa floresta urbana que ajudaram a criar, e que cada árvore representa um passo importante. “Essas ações plantam sementinhas que vão germinar em uma sociedade mais consciente sobre o clima e a preservação ambiental”, disse Cláudia.

O professor Sérgio Campos, vice-diretor substituto da Escola Estadual de Ensino Médio Raul Pilla, na Restinga, destacou que a escola criou a primeira microfloresta, em parceria com a ONG Toda Vida, em 2018. Campos explicou que muitos dos alunos participaram desde o início e hoje já podem ver os frutos dessa iniciativa, com as árvores crescendo e transformando o espaço. Ele acredita que esses projetos beneficiam tanto os estudantes quanto a sociedade, pois promovem áreas verdes que ajudam a equilibrar o ambiente, algo urgente em um contexto de mudanças climáticas.

“O planeta está respondendo o que foi desmanchado, o que foi retirado da natureza”, disse considerando que as áreas verdes favorecem o oxigênio e a permanência de pássaros.