Em parceria com a Ufrgs, ministra da Cultura lança projeto nacional para formar escritores

Programa Territórios da Escrita terá mil vagas para o curso e 100 bolsas; edital e inscrições estão disponíveis no site da universidade gaúcha

Foto: Ricardo Giusti / Correio do Povo

Em visita a Porto Alegre para a abertura da 70ª edição da Feira do Livro da Capital, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, realizou o lançamento oficial do projeto Territórios da Escrita, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O programa nacional é aberto para pessoas de todo o país, não apenas para estudantes universitários, e visa formar autores e promover a bibliodiversidade a partir de uma formação pública e gratuita em escrita literária.

O projeto terá mil alunos de todo o Brasil, com os 100 melhores escolhidos na segunda etapa do programa para receberem uma bolsa para finalização da obra literária no valor de R$ 2 mil. As inscrições para o Territórios da Escrita estarão disponíveis no site da Ufrgs a partir deste sábado. Segundo a ministra, esta é uma ação inovadora que vai oportunizar a formação de pensamentos.

“Temos uma dimensão cultural muito grande, assim como a potência do nosso país. Um curso como esse tem uma dimensão de mostrar que todo mundo é capaz de trazer uma novidade a respeito do imaterial e do sentimento. Até eu fico com vontade de fazer. Tudo o que fazemos tem essa perspectiva de melhorar o ambiente e a cultura para as pessoas. Estamos abrindo uma porta para o infinito”, celebrou Margareth Menezes.

Para o secretário de Formação, Livro e Leitura, Fabiano Piúba, a participação da Ufrgs nesse projeto é vital, em função da importância da universidade para a cultura do RS e do Brasil. “São políticas públicas que estão sendo retomadas em prol da leitura e da escrita. Esse projeto é também fundamental para criar parâmetros para a aplicação em outras universidades do país”, completou.

O programa terá sete trilhas de aprendizagem: crônica, conto, dramaturgia, literatura infantil, literatura juvenil, narrativa longa e poesia. Já o vice-reitor da Ufrgs, Pedro Costa, reforçou o caráter construtivo da instituição. “Uma universidade pública só se justifica para a sociedade quando ajuda a promover políticas públicas para a população. Ela é um dos poucos espaços de educação superior no país que ainda preserva a cultura, as artes e o pensamento crítico”, relatou.

A escritora e professora Jane Tutikian, coordenadora do programa na Ufrgs, também destacou o pioneirismo do Territórios da Escrita. “Trata-se de um grande projeto, sem precedentes no país. É um amplo programa de formação básica em escrita literária que abarcará mil participantes em todo o território nacional, com aulas de professores e escritores de referência no campo literário brasileiro”, finalizou.