A Polícia Nacional Bolivariana, comandada pelo regime de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, publicou uma foto que mostra a silhueta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a bandeira do Brasil e a seguinte frase: “Quem mexe com a Venezuela, se dá mal”.
“Nossa Pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagem de ninguém, não somos colônia de ninguém. Estamos destinados a vencer”, diz a legenda da publicação nas redes sociais.
Apesar de não mencionar diretamente Lula, a publicação mostra a silhueta de um homem que se assemelha ao petista. Além disso, as cores e os formatos que fazem parte da bandeira do Brasil aparecem na imagem. Procurador, o Itamaraty e o Palácio do Planalto não retornaram até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Uma crise entre os dois países escalou nos últimos meses após o Brasil pedir a apresentação das atas eleitorais para reconhecer Maduro reeleito no pleito da Venezuela. A ação da diplomacia brasileira ocorreu porque a oposição venezuelana alegou que o chavista fraudou a eleição. A comunidade internacional rejeitou a reeleição de Maduro.
A escalada na tensão entre os dois países também ganhou novos capítulos depois do veto do Brasil à entrada da Venezuela como membro do Brics. Historicamente, Lula e Maduro são aliados. O petista chegou a receber o venezuelano em algumas ocasiões, em Brasília.
Depois, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela convocou o embaixador do país no Brasil para consultas depois de declarações de autoridades brasileiras, uma delas, sendo a do “mensageiro do imperialismo norte-americano” Celso Amorim, assessor-especial da Presidência da República.
Amorim então alegou que a reação da Venezuela contra o veto é “desproporcional, cheia de acusações ao Presidente Lula e à chancelaria”. Então, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, disse que pediria ao Poder Legislativo que declarasse Amorim “persona non grata” pela posição “absolutamente prostrada aos desígnios do império agressor” contra o país.
Já Maduro acusou o Itamaraty de ser vinculado ao Departamento de Estado americano e chamou um membro do ministério de “fascista”.