O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas recuou 3,0 pontos, em outubro, para 104,8 pontos, menor nível desde março deste ano (103,8 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador recuou 1,8 ponto, para 106,8 pontos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
“Em outubro, o Indicador de Incerteza Econômica mantém a trajetória de queda iniciada em junho. O resultado parece refletir o desempenho acima do esperado da economia brasileira no segundo trimestre e uma expectativa favorável, ao longo da maior parte do mês, quanto à possibilidade de ajustes necessários para sustentar o crescimento econômico e atender às metas fiscais. A queda do indicador ocorreu em ambos os seus componentes, com destaque para o componente de Expectativas, que recuou após cinco meses de alta. A manutenção do IIE-Br em região moderada dependerá da continuidade de resultados favoráveis na economia e da sinalização de uma política fiscal clara e consistente nos próximos meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
O componente de Mídia do IIE-Br recuou 2,0 pontos em outubro, para 104,0 pontos, o menor nível desde julho do ano passado (101,9 pts.), contribuindo negativamente com 1,7 ponto para a queda do índice agregado. O componente de Expectativas, por sua vez, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, interrompeu a sequência de cinco altas seguidas e recuou 5,3 pontos no mês. O indicador registra, em outubro, 106,2 pontos e sua queda contribui negativamente com 1,3 ponto para o resultado do IIE-Br no mês.