Estado apresenta seu Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável

Um dos instrumentos para a execução prática do Plano é a implantação da Agência de Desenvolvimento Invest RS

Crédito: Marcelo Kerval/Divulgação

O Rio Grande do Sul tem pressa. O futuro é logo ali. O governador Eduardo Leite apresentou, nesta quarta-feira, 30, o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, durante evento na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. O documento contém um diagnóstico completo do Rio Grande do Sul com estratégias e ações factíveis a serem adotadas com a finalidade de impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) e, consequentemente, ter efeito positivo no crescimento econômico e na vida de todos os gaúchos.

Nele consta uma meta anual de crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, baseado por melhorias no mercado de trabalho e cenário cultural vibrante. Para a construção do Plano, houve a participação de cerca de 500 pessoas, incluindo lideranças do governo, do setor privado e da academia, juntamente com o apoio da consultoria internacional McKinsey. Foram realizadas diferentes etapas, incluindo sessões de ideação, workshops, entrevistas individuais e agendas em secretarias. Um desses encontros foi a reunião de trabalho no Palácio Piratini, em 10 de abril, com empresários e presidentes de entidades de classe.

Um dos alicerces do plano é o substancial crescimento da produtividade na economia gaúcha. Os produtos com maior potencial de mercado adicional estimado para o Rio Grande do Sul são a cadeia agropecuária e a de transição energética. O documento mapeou cinco objetivos prioritários para seu sucesso. Entre eles, a qualificação da educação básica e profissional, consolidando as escolas em tempo integral e retenção de talentos. Na área da inovação, será preciso a conversão em produtividade e avanço da inteligência artificial na matriz econômica.

MATRIZES

O documento também inclui a necessidade de simplificação do ambiente de negócios, a diversificação da logística estratégica e potencializar a transição energética, a resiliência climática e a irrigação. “A partir do Plano de Desenvolvimento, o Rio Grande do Sul passa a ter uma política de Estado, guiada por evidências científicas, para acelerar o desenvolvimento econômico e social. O nosso governo promoveu reformas estruturantes, recuperou a capacidade de investimento do Estado e agora está criando um plano que será um legado para o futuro do Rio Grande do Sul”, disse o governador.

Segundo ele, o objetivo é muito claro: o Rio Grande do Sul será o melhor Estado para se viver no Brasil. “Temos um potencial enorme em diversas áreas e, com os desdobramentos do plano, estamos muito confiantes de que daremos um salto em direção a um futuro à altura do que merece a nossa população nos próximos anos”, destacou.

Com o dever de casa feito na primeira gestão (pagamentos e salários em dia, reforma administrativa aprovada e dívida federal renegociada), o Rio Grande do Sul se volta para o futuro. E para avançar rapidamente rumo ao crescimento, o Plano funciona como um GPS, que tem orientação e adaptabilidade para contextos complexos. Vai além da economia, sendo integrado e transversal a diversas dimensões do desenvolvimento.

Entre as necessidades apontadas no plano estão uma reversão do saldo negativo dos últimos 20, que chega a 700 mil pessoas. Além disso, conforme o documento, não há indício de uma conversão direta atual da inovação com a produtividade e o crescimento das empresas. O estado está em 8º lugar em startups de alto faturamento e 27º colocado em empresas de alto crescimento.

A partir das análises e projeções realizadas, foram identificados 12 setores nos quais o Rio Grande do Sul é competitivo e há demanda crescente. Em cada um dos grupos, foram destacados produtos e serviços mais complexos e inovadores que reúnem grande chance de avanços. Diversos segmentos apresentam oportunidades promissoras e foram classificados em quatro perspectivas de economia com suas estratégias de desenvolvimento.

O Plano propõe ações concretas a serem implementadas em sinergia com diferentes integrantes do ecossistema para que o crescimento econômico ocorra de forma inclusiva e sustentável, englobando todas as regiões gaúchas – que atualmente apresentam níveis distintos de desenvolvimento. Como caminho para o futuro do Rio Grande do Sul, o trabalho relacionou as cinco prioridades estratégicas a habilitadores de competitividade. A partir deles se chega a 41 iniciativas que passam a orientar políticas e planos de ação.

NOVA AGÊNCIA

Um dos instrumentos para a execução prática do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável é a implantação da Agência de Desenvolvimento Invest RS. Sua criação representa o fortalecimento de uma agenda estratégica integrada entre Estado, sociedade e setores produtivos para atrair investimentos e promover os produtos do Rio Grande do Sul no cenário nacional e internacional.

Com foco em diretrizes e setores priorizados, a Agência será um catalisador para inserir o Estado na agenda global de negócios. A Invest RS tem a missão de executar políticas públicas de desenvolvimento relacionadas à atração de investimentos e de promoção comercial. A equipe da agência é formada por profissionais qualificados selecionados no mercado. No lançamento do Plano, foi apresentado o presidente da Invest RS, Rafael Priklandnicki, ex-diretor do Tecnopuc.

“Este é um plano de Estado e vai ser um guia para os próximos governantes e para a sociedade. É o caminho para tornar o Rio Grande do Sul mais eficiente, competitivo e um ambiente acolhedor ao empreendedorismo. A Agência de Desenvolvimento, a Invest RS, um sonho antigo que se torna realidade, é um mecanismo que vai nos dar mais proatividade na atração de investimentos e abertura de mercados, promovendo avanço e crescimento socioeconômico para a população gaúcha”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

Os três principais focos do portfólio de serviços da Invest RS são: Inteligência de mercado: informações detalhadas para investidores sobre as características do Estado e diferenciais de seus setores estratégicos; Serviços ao investidor: aconselhamento especializado na construção de casos de negócios e estratégias de expansão, como a identificação de locais adequados para novos empreendimentos; e Serviços ao exportador: detalhamento sobre processos e etapas envolvidos na exportação, incluindo cadeia logística, além de opções de financiamento.