Demolição de prédio anexo ao Esqueletão entra na etapa final

A demolição da Galeria XV de Novembro ainda não foi liberada pela Superintendência de Porto Alegre do Ministério do Trabalho e Emprego

Demolição do prédio anexo do Esqueletão entra na sua reta final | Foto: Pedro Piegas

A demolição do prédio anexo do Esqueletão – localizado no Centro Histórico de Porto Alegre – entrou na sua reta final. Em entrevista para o Correio do Povo, o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores, revelou que na próxima semana inicia a última etapa, o térreo. Essa parte do projeto de demolição da edificação de quatro andares começou em 4 de setembro.

Com a finalização desta etapa será iniciado, finalmente, a preparação para a demolição da Galeria XV de Novembro, que teve a sua construção iniciada em 1.950 e nunca foi finalizada.

Flores informou que o projeto técnico da demolição do prédio central será enviado para a Superintendência de Porto Alegre do Ministério do Trabalho e Emprego nos próximos dias. A demolição do Esqueletão está embargada até que o desdobramento técnico seja analisado e aprovado.

“A técnica é a mesma, o conceito foi aprovado pela Superintendência do Trabalho, mas ainda falta liberar esse projeto. Acreditamos que não vamos ter dificuldade”, declarou informando que o processo ainda não teria sido enviado devido a não finalização da demolição do prédio anexo e a necessidade de ser um projeto detalhado sobre os 19 andares do prédio central. “Não há nenhuma divergência na forma técnica que é feita a demolição, nem na forma de proteção dos trabalhadores. Não muda a técnica, só que tem que fazer um desenho andar por andar”, disse.

O superintendente regional do Trabalho no RS, Claudir Nespolo, explicou que após o protocolo das medidas de segurança, encaminhado pela Demolidora FBI, o auditor fará a avaliação para conferir se realmente foi estabelecido as regras de segurança que estão ligadas com as estruturas móveis no entorno e dispositivos para prender o sinto de segurança.

Após o desembargo, inicia-se o processo de preparação da logística interna da obra para a demolição do Esqueletão, que deve seguir a forma mecânica e manual, de cima para baixo, com a implosão dos últimos oito pavimentos.

“Do fim da demolição e remoção do anexo até o início da demolição do central leva um tempo para a preparação do canteiro de obras”, disse o secretário de Obras e Infraestrutura, considerando que até a primeira quinzena de novembro a demolição do Esqueletão deverá ser iniciada.

O secretário também destacou que após a implosão, com a utilização de dinamite, é necessário um tempo para a retirada dos resíduos. Diferentemente de como está sendo realizado agora, onde o material da obra está sendo retirado praticamente de forma diária. “É possível que ele esteja totalmente demolido em janeiro, mas a limpeza do terreno vai levar entorno dois meses”.

Flores observou que durante o processo de demolição do prédio anexo foram encontrados uma quantidade maior do que o previsto de ferro e concreto, o que, de alguma forma, aumenta o tempo de execução da obra, pois o ferro, por exemplo, precisa ser cortado. Entretanto, o cronograma de execução não foi impactado profundamente. Até o momento já foram retirados 797 toneladas de resíduos.

Sobre a implosão, Flores enfatiza que ainda não tem como fazer qualquer tipo de previsão e detalhar sobre a quantidade de dinamite que será usada. “O conceito da implosão está aprovado, contratado e licenciado. Os detalhes não estamos tratando ainda. Nós vamos fazer essa organização quando tiver mais parte de fazê-la”, afirmou.

Contudo, o secretário sublinhou que a demolição do prédio da Galeria XV de Novembro é uma grande conquista para a Capital. “Nós estamos tendo êxito em fazer uma demanda que era antiga da cidade. Porque é um prédio que coloca em risco as estruturas dos seus vizinhos e também tem uma questão estética do centro. Estamos muito felizes com a realização da demolição porque ela qualifica o centro de Porto Alegre e também a autoestima do bairro em poder tirar um prédio inacabado há décadas”, disse.