Obras de 10 pontes no Vale do Taquari iniciam em novembro

Serão 10 municípios contemplados pela ação "Construindo Pontes Através do Associativismo"

vale do taquari
Foto: DAER./Divulgação.

Em uma iniciativa inédita, dia 1º de novembro será dado o pontapé inicial para a construção de 10 pontes metálicas no Vale do Taquari, que se insere nas condições estabelecidas pelo Reconstrói-RS que vai financiar parte das obras. Apelidado como “Construindo Pontes Através do Associativismo”, os projetos foram identificados pela Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (filiada à FEDERASUL) e atendem as comunidades de municípios que sofreram severos danos com as enchentes de maio de 2024.

O início das obras está previsto para entre os dias 1º e 4 de novembro, com expectativa de conclusão entre 4 e 6 meses. Quatro das dez pontes terão suas construções iniciadas já nesse período. As parcerias firmadas permitem a recuperação de regiões que sofreram três grandes cheias nos últimos meses, destacando-se o compromisso do associativismo na reconstrução das comunidades do Vale do Taquari.

Os valores são oriundos do fundo Reconstrói-RS, por meio de doações de empresas e entidades como o Instituto Ling. A triagem foi feita pela FEDERASUL e pelo Instituto Floresta através da identificação da CIC VT (entidade que congrega 19 associações comerciais e CDLS). Seu presidente, Ângelo Fontana, explica que a obra, que começará nos primeiros dias de novembro, tem entrega prevista entre quatro e seis meses.

As cidades contempladas são Arroio do Meio, Travesseiro, Pouso Novo, Coqueiro Baixo, Relvado, Putinga, Ilópolis, Anta Gorda, Doutor Ricardo e Encantado. O uso das pontes será voltado para finalidades econômicas e sociais, especialmente para a cadeia produtiva da proteína animal, principal atividade econômica da região. As pontes também serão essenciais para o transporte escolar, coletivo e da saúde.

CARACTERÍSTICAS

As pontes, projetadas (com uma via e classe 45T), seguem o padrão estabelecido pelo DAER e DNIT, garantindo segurança e resistência aos usuários. Cada uma dessas obras envolve um investimento de R$ 878 mil, financiado por meio de parcerias entre diferentes entidades.

O projeto é dividido em três fases: a primeira, que representa 23% do orçamento, envolve a doação dos perfis metálicos pelas empresas Randoncorp, Metasa, Gerdau e Usiminas, que também serão responsáveis pela industrialização das peças e a logística.

Na segunda fase, que corresponde a 70% do valor das obras, o Programa Reconstrói-RS, a CIC-VT, o Instituto Floresta e o Instituto Ling assumem a parte de execução civil. Essa etapa engloba a construção das cabeceiras, a pista de rolagem, treliças de pré-moldados e a fiscalização da engenharia.

A última fase, que equivale a 7% do projeto, é responsabilidade das prefeituras locais, com atividades como topografia, análise hidrológica, análise de solos, rampas de acesso e sinalização.