O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) se manifestou nas redes sociais neste domingo (27) para rebater declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre um suposto apoio ao crime organizado à sua campanha. Em uma coletiva de imprensa na tarde deste domingo, Boulos classificou o comentário como “laudo falso do segundo turno” e disse que a fala de Tarcísio reflete desespero.
Durante uma coletiva de imprensa após voto no Colégio Miguel de Cervantes, na Zona Sul de São Paulo, Tarcísio afirmou que informações de inteligência apontaram para orientações de uma facção criminosa a favor do voto em Boulos.
“Dia de eleição, dia decisivo. Imaginei que ao menos hoje fosse um dia mais tranquilo em relação às mentiras que nossos adversários fizeram durante toda a campanha, mas recebi uma notícia, agora há pouco, de algo que beira o inacreditável. O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio, acabou de divulgar, ao lado do candidato dele, uma declaração extremamente grave, sem nenhum tipo de prova, dizendo que o PCC teria determinado voto em mim”, afirmou Boulos.
“Gente, olhem o nível. Acho que as pesquisas, monitorando os colégios eleitorais, devem estar demonstrando a onda de mudança, a onda de virada acontecendo na cidade, e partiram para o desespero absoluto. É o laudo falso do segundo turno.”
Tarcísio, que apoia o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), justificou sua acusação mencionando que o governo trocou informações com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre o caso. “A gente vem alertando isso há muito tempo. Fizemos um trabalho grande de inteligência, trocamos informações com o Tribunal Regional Eleitoral para que exceções sejam tomadas”, afirmou o governador. Durante a coletiva, Tarcísio fez uma acusação ao lado de Nunes, ressaltando que uma “ação coordenada” de uma facção seria uma ameaça à segurança das eleições.
A declaração de Tarcísio gerou reação do Partido dos Trabalhadores (PT), que, em nota oficial, pediu que o governador fosse responsabilizado por crime eleitoral. Os presidentes dos diretórios do PT em São Paulo, Kiko Celeguim e Laércio Ribeiro, afirmaram que “ele deveria ser preso por usar uma máquina pública para cometer mais esse crime eleitoral”.
Nunes tem 51,2%, e Boulos, 40,7%
Candidato à reeleição para a Prefeitura de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB) aparece com 51,2% da intenção de votos para o segundo turno das eleições. Já Guilherme Boulos (PSOL) tem 40,7%. O levantamento é do Paraná Pesquisas e foi divulgado no sábado (26). A pesquisa aponta para um total de 5,2% de votos nulos e brancos, enquanto 2,9% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.
Os números são do levantamento estimulado, quando uma lista com os nomes dos candidatos é apresentada aos eleitores. A pesquisa – registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-05333/2024 – ouviu 1.500 pessoas entre os dias 21 e 24 de outubro de 2024. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Veja resultado completo
- Ricardo Nunes (MDB) – 51,2%
- Guilherme Boulos (PSOL) – 40,7%
- Branco/Nulo/Nenhum – 5,2%
- Não sabe/Não respondeu – 2,9%
No levantamento espontâneo, quando não é apresentada uma lista com os candidatos, Nunes aparece com 38,5%, e Boulos com 32,9%. Não responderam 21,6% dos entrevistados, e 6,7% afirmaram que votariam em nulo ou branco. Além disso, 0,3% responderam com outros nomes.
*Postado por Augusto Edinger, UniRitter
Supervisionado por Sinara Félix