No caso do Rio Grande do Sul, Porto Alegre terá novamente a definição na segunda etapa. Em 2020, Sebastião Melo (MDB) venceu Manuela D’Ávila (PCdoB). Quatro anos depois, a disputa é contra a deputada federal Maria do Rosário (PT), que tenta, pela segunda vez, conquistar o Paço Municipal. A primeira ocorreu em 2008.
Uma campanha que começou com oito candidaturas, sendo cinco com limitações financeiras e de acesso à propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão, acabou concentrada entre Melo, Rosário e Juliana Brizola (PDT), que ficou em terceiro lugar.
Nesta segunda etapa, as três semanas foram marcadas por movimentações e poucas mudanças. Os candidatos mantiveram um certo roteiro, agendas públicas marcadas por atos de rua, os chamados corpo a corpo, e debates.
Nos primeiros dias, as atenções estiveram para a busca dos apoios. Melo, que já tinha ampla coligação, conseguiu atrair alianças do seu campo político sem nenhuma dificuldade. Um dos pontos complexos ficou pela adesão do governador Eduardo Leite (PSDB), que disse que participaria, porém, efetivamente, não se envolveu na campanha.
Do lado de Maria do Rosário os esforços foram direcionados à Juliana Brizola. A candidata trabalhista ampliou seu capital político, como mostravam diferentes levantamentos divulgados, e terminou o primeiro turno com 19,69% dos votos válidos. Após pressão da direção nacional, o PDT oficializou o apoio à petista. A partir disso, Rosário passou a citar constantemente o nome de Juliana, mesmo que ela não tenha, pelo menos até quinta-feira, participado de nenhuma ação ou peça publicitária.
Fato é que o novo gestor terá desafios pela frente. Uma das principais prioridades será o envio à Câmara de Vereadores do Plano Diretor de Porto Alegre. As diretrizes de ocupação da cidade deveriam ter sido atualizadas em 2020, o que não ocorreu em função da pandemia da Covid-19 e ainda não foi apresentado.