Desde o seu lançamento, o fundo Retomada RS, movimento orquestrado pelo Estímulo, aponta um montante de R$ 332 milhões em crédito solicitado. A captação inicial, que contou com a participação de diversas empresas e famílias da região, foi de R$39,1 milhões e o fundo já pré-aprovou R$27 milhões para micro, pequenos e médios empreendedores do Rio Grande do Sul, com 782 empregos impactados e mais de 2,4 mil pessoas beneficiadas.
Até agora, pouco mais de 62 empresas, de 21 cidades do estado, receberam R$4,8 milhões. O ticket médio do empréstimo é de R$73 mil. “É um movimento em conjunto que precisa agir de forma rápida e sem burocracia. Viemos para impulsionar a economia da região e restabelecer os negócios, mesmo em tempos difíceis”, diz Vinicius Poit, CEO do Estímulo.
A ideia do empresário é que o movimento cresça e consiga ajudar mais de 3 mil empresas e impactar mais de 30 mil empregos. O novo fundo oferece crédito acessível e grandes condições facilitadas, especialmente definidas para o Sul do país. A velocidade é essencial para salvar os negócios que neste momento correm o risco de quebrar, afetando as cadeias de fornecedores e milhares de famílias.
CRITÉRIOS
Não há a necessidade de garantias nem de fundo garantidor, a taxa média será em torno de 1% ao mês ao mês, consideravelmente mais baixa se comparada às linhas de crédito tradicionais. O tempo de carência gira em torno de sete meses para começar a pagar e as parcelas fixas podem ser divididas em até 36 vezes. Além das facilidades financeiras, também haverá programas de capacitação com cursos, mentorias e conexões facilitadas de empresas parceiras.
Para ser elegível ao empréstimo do Fundo Estímulo Retomada RS, o empreendedor deve ter um negócio estabelecido no estado do Rio Grande do Sul e se inscrever no site do Estímulo. Entre as outras necessidades, o empreendedor deve ter CNPJ ativo e regularizado há pelo menos dois anos, faturamento médio mensal entre R$10 mil e R$400 mil, bom histórico de crédito. O pedido de crédito deve ser feito em nome do único dono ou de um dos sócios.
A iniciativa contou com o Itaú Unibanco , Banrisul, Instituto Ling, Regenera, Lebes, família Gerdau, Tramontina, entre outros. Além do aporte de recursos, outras empresas estão doando assistência técnica para colocar a plataforma de pé em prazo recorde. Entre os parceiros, a Open Co, fintech que faz análise de qualificação dos candidatos aos empréstimos; a Galápagos Capital, gestora de fundos; o Pinheiro Neto Advogados, assessor jurídico da operação; Singulare, administradora do fundo e a BMP, fintech que faz a gestão das cédulas de créditos bancários (CCBs).
Também participam da ação, o Instituto Caldeira, hub de negócios em Porto Alegre, que apoia a conexão com o ecossistema gaúcho e o movimento Tamo Junto by Tinga, que é um dos principais articuladores da divulgação do fundo em todas as regiões do estado, para garantir que a oportunidade de crédito chegue ao maior número de empreendedores possível. Na primeira fase, empresas como Localiza, Engie, Fundação Arymax e BTG Pactual aportaram na iniciativa e fazem parte do pacote do fundo.
O fundo chegou a R$243 milhões em apoio financeiro até hoje, triplicando o valor inicial captado. Atualmente, registra 144 mil empreendedores inscritos e mais de 4 mil empreendedores foram beneficiados com crédito, gerando 41 mil empregos e renda para colaboradores e suas famílias impactando mais de 125 mil pessoas. A maioria, 89% das empresas impactadas, está em regiões de baixa renda. Além da ajuda financeira, há uma grande rede de apoio e educação oferecida aos empreendedores, visando o sucesso dos negócios. Entre eles, estão BTG Pactual, B3, Serasa, Santander, Master, Meta e Google, que participam de cursos e mentorias gratuitas para empreendedores cadastrados na base Estímulo.