O temporal que atingiu o Rio Grande do Sul entre a manhã e o início desta tarde causou destelhamentos, queda de árvores, falta de energia elétrica e alertas das autoridades. Os principais estragos foram registrados na região Central. A Grande Porto Alegre e o Vale do Sinos também foram afetados.
Porto Alegre registrou dois bloqueios totais em vias por árvore caída, além de dois por postes e fios caídos e ainda 17 semáforos fora de operação, segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Um muro caiu parcialmente na avenida A. J. Renner, bairro Navegantes. A EPTC também liberou o uso dos corredores e das faixas azuis para veículos de emergência e serviços essenciais até o meio-dia deste sábado.
Ainda na Capital, foram registradas 15 ocorrências de queda de árvores ou galhos de grande porte via ronda das equipes e protocolos do 156 até o início da tarde.
No bairro Humaitá, na zona norte, um cactus de grande porte destruiu parte de uma grade do Residencial Laçador. O cactus gigante saiu voando e atingiu a proteção da piscina do condomínio.
O Dmae informou que uma Estação de Tratamento de Água e seis Estações de Bombeamento de Água Tratada estão sem energia. Ao menos 17 bairros podem ter períodos de desabastecimento.
De acordo com a Defesa Civil Estadual, citando dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as rajadas de vento alcançaram 83 quilômetros por hora na Capital. Mais cedo, o prefeito em exercício, Ricardo Gomes, havia se reunido com órgãos municipais no Centro Integrado de Coordenação de Serviços da Cidade de Porto Alegre (Ceic-POA), e o prefeito Sebastião Melo, que havia se licenciado em razão das eleições, reassumiu o Executivo.
Em Canoas, uma placa de publicidade foi derrubada pela ventania na Avenida Inconfidência com a rua Guilherme Schell, no Centro.
Em Dois Irmãos, no Vale do Sinos, o telhado de uma casa foi arrancado pela força do vento. Em São Leopoldo, também no Vale, a Defesa Civil de São Leopoldo emitiu alerta, reforçando o risco de tempestades com raios e rajadas de vento acompanhada de descargas elétricas, além da possibilidade de queda de granizo e temporais isolados.
A região central do estado foi a mais afetada. Em Cacequi, a chuva forte começou por volta das 7h30min. Segundo a coordenadora da Defesa Civil municipal, durante a manhã choveu 38 milímetros. Um depósito de calcário localizado na entrada da cidade foi destelhado pela força dos ventos.
Na RS-640 diversas árvores caíram, na localidade de Floriano Maidana, mas a rodovia já foi limpa. Outros galpões na zona rural também foram destelhados.
Em Santa Maria, os ventos passaram dos 100 km/h. Pela manhã, o município registrou 40 milímetros em quatro horas. A previsão é de mais chuva ao longo do dia. Foram registradas queda de árvores e semáforos fora de funcionamento. Em algumas regiões, a chuva formou alagamentos transitórios, exigindo redobrada atenção de motoristas e pedestres.
Ao longo da tarde, o temporal deve se deslocar em direção ao mar, podendo causar mais transtornos pelo caminho. Já há registros de chuva e vento forte em municípios do Litoral Norte, como Balneário Pinhal.
