O comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar de Novo Hamburgo, Alexandro Santos, relatou como foi a ocorrência de cárcere privado que terminou com quatro mortes no bairro Ouro Branco. Segundo Santos, os policiais militares que foram os primeiros a atender o caso foram surpreendidos com os disparos do atirador, identificado como Édson Cripa, de 45 anos.
“Os nossos policiais sequer chegaram a entrar na casa. Eles foram até ali para atender uma ocorrência de desavença familiar e foram atendidos pelo casal de idosos ainda fora da residência. Ali, naquele momento, eles foram surpreendidos pelo agressor, que chegou de forma violenta e inesperada, disparando”, explicou Santos em entrevista coletiva.
Santos explicou que não houve erro no atendimento da ocorrência. “Nós atendemos casos assim quase todos os dias. Ali, naquele primeiro momento, os PMs chegaram para falar com o casal para entender o que estava acontecendo, justamente por se tratar de uma questão familiar. Durante este atendimento inicial foi que aconteceram os disparos. Os policiais não estavam esperando uma atitude tão agressiva, tão violenta naquele instante”, ressaltou.
Sem negociação
O comandante do batalhão explicou que quando a situação escalou e se transformou em uma ocorrência de cárcere privado, as tentativas de negociação com Édson Cripa não tinham sucesso. “Qualquer interação nossa com ele era respondida com tiros, que evidentemente eram revidados”, resumiu. Santos comentou que as sobreviventes que foram retiradas da casa – mãe e a cunhada do atirador – saíram sob tiroteio. “A retirada dos reféns foi feita debaixo de fogo”, assegurou.