A projeção de dias quentes na primavera, que começou em setembro, e, principalmente, no próximo verão, que terá início em 21 de dezembro, traz uma expectativa otimista para o comércio de vestuário, calçados e acessórios do Rio Grande do Sul. Fortemente impactado pela enchente de maio deste ano, o segmento está ensaiando uma reação, que pode ser ampliada com a chegada das temperaturas mais elevadas.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, avalia que 2024 é um ano onde o comércio de vestuário, calçados e acessórios vive um período de contrastes. No Dia das Mães, por exemplo, uma data onde as vendas são intensificadas, ocorreu o auge dos prejuízos causados pela enchente, o que reduziu de forma significativa a comercialização de produtos.
“Maio foi um mês de muitas dificuldades para o comércio gaúcho de maneira geral e o segmento de vestuário, calçados e acessórios teve perdas exponenciais. Em junho e julho teve início um processo de reação das vendas graças às baixas temperaturas registradas nesses meses. Somado a isso, houve a necessidade de boa parte da população gaúcha repor as peças de roupas perdidas na enchente, o que se refletiu em mais vendas”, aponta Vitor Augusto Koch.
O dirigente ressalta que o Rio Grande do Sul se destaca fortemente no cenário brasileiro do varejo de redes varejista de roupas, calçados e acessórios. O estado conta com cerca de 75 mil lojas que comercializam esses itens. Porém, as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio impactaram de alguma forma cerca de 12.500 empreendimentos. Muitos tiveram prejuízos parciais e outros tantos tiveram perda total de seus estoques, equipamentos e área física.
“Uma estimativa preliminar mostrou um prejuízo ao redor de 1,2 bilhão às empresas do segmento atingidas pela enchente, ainda que boa parte delas se destine ao comércio mais popular de vestuário, calçados e acessórios, tendo, portanto, um ticket médio um pouco menor. As medidas governamentais de apoio à recuperação desses negócios são fundamentais e devem ser aceleradas. Somado a isso, é preciso garantir a circulação de renda e a viabilidade de empregos. É isso que vai fazer a diferença nesse cenário de gradual reconstrução que vivemos no Rio Grande do Sul”, salienta o presidente da FCDL-RS.