A Netflix conquistou 5,1 milhões de assinantes no terceiro trimestre, superando em mais de 1 milhão de usuários as estimativas de Wall Street, informou a empresa em seu relatório de resultados. O lucro por ação ficou em US$ 5,40, acima da previsão consensual de US$ 5,12. A receita atingiu US$ 9,825 bilhões, ligeiramente superior à previsão de US$ 9,769. A empresa disse que sua margem operacional atingiu 30% no trimestre, de 22% um ano antes.
Conforme Bruno Corano, economista da Corano Capital, a empresa vai continuar aproveitando os efeitos das mudanças na gestão no passado recente e nos bilionários investimentos que feitos ao longo dos últimos anos. “Já é sabido que ela criou um portfólio de conteúdo inigualável em termos de diversidade, mas ainda assim ela sofria com altos investimentos constantes de produção e muito investimento para conquistar market share e clientes. No entanto, no passado recente, ou seja, nos últimos 12 meses, ela implantou uma estratégia de inviabilizar o compartilhamento de senhas, o que fez com que a receita disparasse”, diz Bruno.
A empresa também criou um novo modelo, que foi a opção dos planos com menor preço, mas com propaganda, o que até então não existia. Ela foi pioneira e isso acrescentou. “Se temia que isso pudesse gerar perda de receita, já que alguns assinantes que pagavam integralmente poderiam migrar para esse plano, mas isso foi tão acertado e bem conduzido que, no entanto, fez a base crescer e segue crescendo. Mas, de qualquer forma, o resultado foi acima do esperado, surpreendeu”, comenta.