Depois de mais de 160 dias sem receber voos comerciais por conta da enchente de maio no Rio Grande do Sul, o Aeroporto Salgado Filho voltará a receber operações aéreas. A reabertura oficial será feita às 10h desta sexta-feira, 18, com presença dos ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, além de autoridades do setor aéreo e de parlamentares do estado. Neste primeiro momento, o aeroporto terá capacidade para receber 128 voos diários provenientes de rotas nacionais, que serão realizados entre 8h e 22h.
De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagens do RS (ABAV-RS) essa procura é nítida no setor, especialmente porque as companhias aéreas ao retomarem suas rotas na Capital, na busca por completar os assentos disponíveis, têm disponibilizado datas com tarifas mais atrativas. Conforme o presidente da ABAV-RS, João Augusto Machado, os clientes estão sendo orientados a se programarem e já comprarem suas passagens. Ainda existem diversas datas com tarifas muito boas. Então nossa projeção é de que os próximos meses sejam de bastante venda e procura por viagens aéreas
A operação parcial ocorrerá com a pista reduzida, com 1.730 metros. Na próxima segunda-feira, 21, dia de retomadas das operações, estão previstos até agora cerca de 71 voos. De acordo com a Fraport, concessionária que administra o complexo aeroportuário, a previsão é que a retomada integral das operações ocorra até 16 de dezembro, quando a pista de pouso e decolagem de aeronaves será utilizada em sua totalidade, momento que retornará também as operações de voos internacionais.
A vice-presidente da associação gaúcha, Rita Vasconcelos, lembra que mesmo com o aeroporto fechado as agências não deixaram de atender seus clientes com as alternativas disponíveis. “Claro que alguns destinos ficaram prejudicados e, principalmente, as viagens mais longas. Muitos optaram por aguardar a reabertura para realizar suas viagens e é também em função disso, que acreditamos no aumento da demanda”, pontua.