Amigos e familiares deram o último adeus a Paula Janaina Ferreira Mello, assassinada aos 25 anos na zona Norte de Porto Alegre. Ela foi sepultada na manhã desta quinta-feira, no cemitério São Miguel e Almas, ao lado do filho Endrick, de quase nove meses. O bebê tinha nascimento previsto para 5 de novembro, mas morreu após ter sido arrancado do ventre da mãe.
A suspeita do crime, uma mulher de 42 anos, teve a prisão preventiva decretada. Ela foi detida na madrugada de quarta-feira, no Hospital Conceição, para onde foi transportada junto ao bebê.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher chegou ali fingindo que tinha dado à luz ao menino. Ela teria assassinado Paula, na segunda-feira, para roubar a criança. O corpo da grávida foi localizado envolto em plástico, embaixo de uma cama no apartamento da suspeita, que fica no bairro Mario Quintana.
Nesta manhã, mãe e filho foram velados lado a lado, ambos em caixões separados e com tampas. Um ônibus transportou parte dos moradores da zona Norte para a despedida. O sentimento era de indignação.
“A assassina não tirou só uma vida. Ela matou minha filha e meu neto. Queremos justiça. Alguém que comete um crime como esse merece ficar na cadeia e ter a chave da cela jogada fora”, disse Gladis Ferreira, mãe de Paula.
Amanda dos Santos Vicente, irmã de criação da grávida, descreve Paula como uma pessoa alegre e prestativa. Ela chegou a arrecadar quase R$ 5,5 mil em doações para custear o velório, sendo que o restante dos gastos foi pago pela empresa que fez os trâmites funerários.
“A Paula era uma pessoa feliz e que estava sempre disposta a ajudar os outros. Ainda não consigo acreditar no que ocorreu. Simplesmente não é justo isso ter acontecido com ela”, lamentou.
O pequeno Endrick não chegou a ser registrado. A certidão de óbito dele constou como morte de fetal. A mãe do bebê morreu por traumatismo craniano, mas ainda é investigado com qual objeto ela foi atingida. O corpo dela foi encontrado com um corte que ia do ventre até o pescoço.
