Conforme 38ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios realizada pelo Sebrae RS, os fatores que mais impactaram os negócios no último bimestre foram: falta de recurso financeiro (43%), falta de clientes (40%), perda de mercadorias e estoque (34%), custos de recuperação da estrutura e de equipamentos (33%) e problemas na estrutura física (31%). O estudo, que possui nível de confiança de 95% e margem de erro de 3,8%, foi realizado de 4 a 17 de setembro e entrevistou 590 clientes do Sebrae.
De acordo com os dados, 68% das empresas estavam operando em setembro. Dos pesquisados, 67% atuam em estabelecimento comercial, e parcela significativa (23%) atua na própria residência. Para 57% dos entrevistados houve redução do faturamento no último bimestre e, para 77% desses, a queda chegou a até 50%. Somente 13% relataram aumento no faturamento. Os maiores desafios para os negócios são: aumentar as vendas (58%), equilíbrio financeiro (52%), reconstrução do negócio (38%) e busca por crédito (37%). Já 48% disseram que procuraram financiamento para seus negócios e 73% buscaram recursos através de linhas emergenciais.
Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados estão confiantes na melhoria do ramo de atividade e 52% estão confiantes na melhoria da economia do RS para o próximo bimestre. Além disso, 57% dos empreendedores têm a intenção de manter as atividades nos próximos dois meses e 39% revelaram que pretendem expandir o negócio.
DESAFIOS
A pesquisa também abordou os principais desafios para preparar as empresas para os efeitos das mudanças climáticas. Destacaram-se acesso a financiamentos para ações de sustentabilidade (34%), custos elevados para implementação de medidas sustentáveis (32%), falta de conhecimento para implantar práticas sustentáveis (25%) e dificuldade em mudar a cultura do negócio para uma cultura mais sustentável (23%). Para 41%, a sustentabilidade é tema prioritário. Já 90% entendem que as três esferas governamentais são os principais responsáveis em implementar medidas ambientais e de combate às alterações climáticas. Para 60% a responsabilidade é dos consumidores, 39% das empresas privadas e 32% dos líderes políticos da região.