Incógnitas marcam chegada de 2,5 mil novos contêineres da coleta orgânica em Porto Alegre

Assinatura de contrato deverá dobrar capacidade do serviço na Capital, que hoje conta com 2,4 mil equipamentos, valor previsto para a operação será de R$ 84,5 milhões

Foto: Camila Cunha / Correio do Povo

A chegada de 2,5 mil contêineres do lixo orgânico e rejeitos em Porto Alegre deverá acontecer, porém o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) ainda não informou detalhes sobre os equipamentos. Por ora, há especulações e expectativa. Novidades concretas, disse o departamento, devem haver apenas em novembro, podendo haver mudanças até lá. A ordem de início do serviço também não tem data para ser assinada.

O contrato em definitivo foi vencido pelo Consórcio Porto Alegre Ambiental, composto por duas empresas, entre elas, a Cone Sul Soluções Ambientais, que já havia vencido a concorrência para a coleta emergencial dos resíduos sólidos urbanos por um ano, até março de 2025, ao custo de R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 32,1 milhões no total.

O primeiro edital, inclusive, prevê que a conclusão do processo licitatório pode fazer com que a Prefeitura rescinda com a empresa contratada emergencialmente, o que não deverá ser o caso. Já o contrato consolidado, por dois anos, foi estimado pela Prefeitura em R$ 75,8 milhões, porém assinado por R$ 84,5 milhões com a empresa, ou R$ 3,5 milhões mensais. O DMLU destacou ainda que não interfere no fornecedor dos equipamentos, portanto, a contratada pode definir de quem fará a compra dos contêineres, desde que obedeça à ficha técnica.

Atualmente, o serviço da coleta automatizada está disponível em 19 bairros, de maneira total no Auxiliadora, Bom Fim, Bela Vista, Centro Histórico, Cidade Baixa, Farroupilha, Higienópolis, Independência, Moinhos de Vento, Mont’Serrat, Praia de Belas e Rio Branco, além de parcialmente no Azenha, Floresta, Petrópolis, Menino Deus, Santa Cecília, Santana e São João. Sabe-se, por ora, que as estruturas são fabricadas na Itália e ainda não estão a caminho de Porto Alegre.

Também, que o serviço da coleta dos itens orgânicos continuará concentrado nas áreas mais centrais de Porto Alegre, sem a extensão para outros bairros, neste momento. Apesar da presença dos equipamentos, o descarte irregular de resíduos secos, inadequados para os contêineres atuais, preocupa o DMLU, reforçando que a população se conscientize para a deposição dos itens corretos de coleta nestes espaços.

O que diz o DMLU

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, por meio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), informa que o serviço de recolhimento de resíduos dos novos contêineres da Coleta Automatizada na Capital será executado pelo Consórcio Porto Alegre Ambiental, formado pelas empresas Conesul e RN Freitas, vencedor da concorrência pública, conforme julgamento de proposta publicada no Diário Oficial de Porto Alegre, em 2 de maio.

A ordem de início da operação da nova empresa ainda não tem data definida. O trabalho seguirá disponível na mesma região atendida atualmente, em 19 bairros da cidade, sendo 12 com atendimento integral. O valor previsto é de R$ 84,5 milhões para a operação de recolhimento dos resíduos por dois anos.

Não haverá alterações no recolhimento de resíduos orgânicos e rejeito. Os contêineres metálicos, para orgânicos e rejeito, serão divididos em dois modelos. Dos exemplares similares aos utilizados atualmente, com tampa móvel e pedal, 2.050 serão dispostos na via públicas e 200 ficarão guardados. Outros 450 coletores metálicos terão um novo padrão para a colocação dos materiais, com tampa fixa e janela de abertura no formato “boca-de-lobo”. Tais equipamentos serão instalados em área teste a ser definida pela área técnica do DMLU. Mais 50 unidades desse tipo serão guardadas para eventuais reposições.

Além das cerca de 2.500 unidades para materiais orgânicos e rejeito, Porto Alegre passa a contar com mais 450 contêineres exclusivos para resíduos recicláveis. A nova modalidade de coleta dos seletivos será implantada de forma experimental em parte dos bairros Centro Histórico, Cidade Baixa, Praia de Belas e Menino Deus. Esses coletores exclusivos para recicláveis serão de Polietileno de Alta Densidade (PEAD), e instalados ao lado dos contêineres para orgânicos e rejeito, a fim de facilitar o descarte pela população. Para garantir eventuais substituições, 50 exemplares adicionais em PEAD estarão reservados.