O PDT irá apoiar Maria do Rosário (PT) na disputa pela prefeitura de Porto Alegre. A decisão acabou confirmada, nesta quinta-feira, após uma tarde turbulenta na sede do PDT.
Na véspera, o diretório metropolitano trabalhista se reuniu e a maioria dos integrantes votou pela neutralidade, também preferência majoritária na executiva estadual do PDT.
As direções locais, no entanto, cederam em função da entrada em campo do ministro da Previdência e do presidente licenciado do PDT nacional, Carlos Lupi. A articulação protagonizada por Lupi envolve o apoio do PT ao PDT nos municípios de Serra, no Espírito Santo, Niterói, no Rio de Janeiro, e Aracajú, em Sergipe, onde candidatos trabalhistas disputam o segundo turno das eleições. Weverson Meireles, Rodrigo Neves e Luiz Roberto, respectivamente.
“Apesar da posição da municipal e do sentimento da estadual, pela neutralidade, compreendemos o movimento do comando nacional”, disse Pompeo de Mattos, que está no exercício da presidência do PDT gaúcho, à coluna.
O apoio do PDT e de Juliana Brizola à Rosário, que já não garantia transferência imediata de votos, pois política não é matemática, terá ainda como obstáculo a falta de vontade e de empenho de trabalhistas junto a campanha petista.
O apoio foi oficializado por meio de uma fria e curta nota, sem a tradicional foto de lideranças com os braços erguidos. Uma decisão da forma como ocorreu, de cima para baixo, apesar da previsão estatutária, não terá eficácia na prática. Pelo contrário.
Na quarta-feira, durante participação no programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, Pompeo afirmou “os que se aproximam do PT, sucumbem e somem”, citando como exemplo o PSB da Capital. A entrevista repercutiu internamente no PDT e no PT.