Déficit nas contas do governo sobe 7,1% no acumulado de janeiro a agosto

Valor apresenta uma elevação de R$ 98,7 bilhões

Foto: José Cruz / Agência Brasil

As contas do governo fecharam deficitárias no acumulado entre janeiro e agosto, apresentando uma elevação de R$ 98,7 bilhões, o equivalente a 7,1% em termos reais frente ao acumulado no mesmo período de 2023. Conforme dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quinta-feira, 3, o resultado primário do Governo Central em agosto foi deficitário em R$ 22,4 bilhões, frente a um déficit de R$ 26,7 bilhões em agosto de 2023. Em termos reais, a receita líquida apresentou um acréscimo de R$ 8,8 bilhões (+6,2%), enquanto a despesa total registrou um aumento de R$ 3,3 bilhões (+2,0%), quando comparadas a agosto de 2023.

Conforme os dados, o resultado primário do Governo Central acumulado em 12 meses (até ago/24) foi de déficit de R$ 227,5 bilhões, equivalente a 1,98% do PIB. O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º bimestre apresenta a previsão de déficit primário de R$ 68,8 bilhões em 2024, decorrente de uma receita líquida de R$ 2.172,6 bilhões e de despesas primárias totalizando R$ 2.241,5 bilhões.

Em agosto de 2024, a receita total apresentou elevação de R$ 17,1 bilhões (9,6%), enquanto a receita líquida teve elevação de R$ 8,8 bilhões (6,2%) em termos reais frente a agosto de 2023. O resultado é explicado pelo aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de R$ 2 bilhões, aumento de R$ 6 bilhões do Imposto sobre a Renda, alta de R$ 4,6 bilhões do COFINS, entre outros.

No acumulado jan-ago/2024, a receita total apresentou elevação de R$ 140,3 bilhões (8,8%), enquanto a receita líquida apresentou elevação de R$ 108,6 bilhões (8,4%) em termos reais frente ao acumulado janago/2023. Em agosto de 2024, contra mesmo mês de 2023, a despesa total apresentou aumento de R$ 3,3 bilhões (2%) em termos reais. As principais variações foram: – Benefícios Previdenciários – aumento de R$ 2,6 bilhões – Abono e Seguro Desemprego – aumento de R$ 4,3 bilhões – Apoio Financeiro a Estados e Municípios – redução de R$ 1,4 bilhão – Demais – aumento de R$ 5 bilhões – Discricionárias – redução de R$ 7,9 bilhões.