O nível do Guaíba subiu rapidamente nas últimas horas e os dados mostram que está perto das cotas que causam os primeiros alagamentos nas ilhas de Porto Alegre, mas o cenário não é de risco maior para a capital gaúcha. Dados da régua eletrônica da empresa TideSat instalada no Cais Central da Mauá, a que com maior precisão mediu o pico da enchente de maio, indicava no final da manhã desta quarta-feira um nível de 2,00 metros, já no patamar de atenção.
O nível atual no Cais Mauá é o mais alto desde a segunda semana de julho, quando o Guaíba ainda baixava dos picos históricos observados no mês de maio e em parte do mês de junho. As ilhas de Porto Alegre registram os primeiros alagamentos entre 2,00 metros e 2,20 metros, assim a cota atual está perto dos valores que marcam o avanço das águas sobre as áreas que primeiro sofrem com alagamentos no bairro Arquipélago.
São três os fatores que determinam que o Guaíba esteja elevado e muito acima do nível médio normal de outubro, que é de 0,97. Primeiro, os altos volumes de chuva da última semana. Em segundo lugar, a chuva ocorrida ontem. E, terceiro, o vento Sul que soprou nas últimas horas com efeito de represamento. Mas não há motivo para maior preocupação. O risco de o Guaíba invadir a cidade no momento é zero.
Os volumes de chuva nos rios que desaguam no Guaíba não foram muito altos, a tendência é de o vento Sul diminuir e os próximos dias devem ter tempo firme. Assim, a tendência é que o Guaíba não suba muito mais que os valores atuais e, inclusive a tendência é que o nível comece a recuar à medida que começa a cessar os efeitos do vento Sul, embora siga acima do nível normal para o mês de outubro.