Equipes da Defesa Civil monitoram níveis dos rios e situação das famílias que vivem em áreas ribeirinhas

Depois da terça-feira chuvosa, equipes estão nas ruas vistoriando os pontos mais críticos de acúmulo de água, desobstruindo redes, bocas de lobo e vias

Em São Leopoldo, uma equipe força-tarefa ataca os pontos mais críticos de acúmulo de água | Foto: Estevan Benacchi / Prefeitura de São Leopoldo / CP

O grande volume de chuva que caiu na região durante a terça-feira, causou transtornos de deslocamento, acúmulo de água em algumas áreas e pontos de alagamentos em cidades da Região Metropolitana, Vale do Sinos, Caí e Paranhana. O acumulado de chuva em poucas horas também deixou em alerta as equipes da Defesa Civil que seguem monitorando de perto o nível dos rios e a situação das famílias ribeirinhas.

Em São Leopoldo, nove equipes dão continuidade ao processo de limpeza diário, iniciado em junho, com serviços executados de forma simultânea nos bairros Santos Dumont, Rio dos Sinos, Vicentina e Campina. A Casa de Bombas do Arroio João Corrêa funciona na sua totalidade. Na Campina, além das bombas existentes, duas bombas anfíbias reforçam a drenagem. Nesta quarta-feira, o nível do Rio do Sinos estava na marca de 3,57m, em status de Atenção, nível bem abaixo da cota de inundação, que é de 7m.

O prefeito Ary Vanazzi informou que a cidade apresentou problemas pontuais por conta dos 70 milímetros de chuva registrados ao longo da terça-feira. “Temos 35 mil bueiros que ficaram embaixo da água em maio e recolhemos mais de 330 mil toneladas de resíduos dos bairros. Agora, constituímos uma força-tarefa para atacar os pontos mais críticos de acúmulo. Os problemas ainda são decorrentes dos resíduos das cheias que entupiram as galerias.” De acordo com o prefeito existem nove equipes trabalhando na cidade, jateando as redes e desobstruindo bocas de lobo.

Em Novo Hamburgo, na manhã desta quarta, o Sinos marcava 5,79m. Na cidade de Campo Bom o nível do Rio dos Sinos está em 5,22m, sendo que a cota de transbordo é 7,20m. Em Taquara, segundo informou o coordenador da Defesa Civil do Município, Matheus Modler, teve registro de um ponto de deslizamento de terras na Linha Caloni, divisa com Igrejinha, com obstrução da via. Entretanto, máquinas já trabalhando para restabelecimento do tráfego. Conforme Modler, pontos historicamente favoráveis aos alagamentos estão sendo vistoriados pelas equipes.

Em Gravataí, foi registrado um volume de chuvas de 30 a 39 mm, com alguns alagamentos pontuais devido ao grande volume de chuvas em curto espaço de tempo, mas que escoou devido ao sistema de drenagem. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Paulo Roberto Almeida, o Rio Gravataí apresenta status de elevação gradual lenta, após alguns dias em estabilidade. Nesta quarta-feira, o nível do Gravataí está em 4,27m quando seu nível normal na estação Caça e Pesca é de 2,60m. Em Alvorada o acumulado de chuvas nas últimas 24 horas foi de 33mm, sem registros de alagamento, queda de árvores, granizo ou destelhamento.

Em Montenegro o acumulado de chuva nas últimas 24 horas foi de 34 milímetros de chuva e o Rio Caí está em 2,53 metros. Na cidade de São Sebastião do Caí, o nível do rio nesta manhã marcava 3,93m, sendo que o nível normal é entre 1,5 a 2m.