Empresa propõe transformar o tempo em família sem distrações digitais

Proposta é que as crianças desenvolvam habilidades de comunicação e a resolução de problemas

Foto: Ricardo Giusti/CP

Pais e filhos, em casa, cada um imerso no seu aparelho celular e, quando se conversam, é por meio de mensagens trocadas, com o envio de memes ou de alguma outra coisa que viram na internet. A cena é comum em muitos lares e a realidade, cada vez mais digital, tem afastado as famílias e desperdiçado uma questão que, uma vez perdida, é irreversível: o tempo presente.

Foi em uma situação como essa que a empresária gaúcha Simone Buksztejn Menda, fundadora da Eu Amo Papelão, viu a necessidade da família se desconectar dos aparelhos eletrônicos para se conectarem entre eles. Em um domingo, guardou todos os celulares em uma gaveta e a tarde que teve com a família ficou marcada na memória.

“Tivemos momentos mágicos, fazendo coisas simples, mas juntos. Brincamos de acampamento, amassamos uma pizza, conversamos, lavamos a louça e rimos. Fomos de fato uma família conectada. Tenho a certeza de que esse dia será lembrado por muitos anos pelos meus filhos, que vão contar essa história para as próximas gerações”, relata Simone que, a partir da experiência, criou a Caixa do Agora, iniciativa da Eu Amo Papelão (EAP), que desenvolve brinquedos 100% feitos com o material.

LANÇAMENTO

Depois de ser vendida ao Grupo Mazurky, de São Paulo, a empresa lança nova Caixa do Agora, que comporta até três aparelhos celulares. “Uma simples embalagem, mas que faz um chamado importante para aproveitar cada instante ao lado da família. O tempo está passando muito depressa e cada minuto ao lado de quem amamos é um presente que não volta mais”, diz o diretor do Grupo Mazurky, proprietário da marca EAP e pai de três filhos, Eduardo Mazurkyewistz.

O empresário lembra que o contato humano e o tempo de qualidade são essenciais para que as crianças desenvolvam habilidades de comunicação e a resolução de problemas de forma natural. “Embora os dispositivos eletrônicos possam fornecer entretenimento instantâneo, eles frequentemente limitam a interação social e podem criar dependência, prejudicando o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, que é vital para o crescimento saudável e equilibrado,” ressalta.

Do papelão que é feita a Caixa do Agora, também saem ideias de brinquedos que envolvem crianças e adultos em uma imersão à criatividade, como casinhas, castelos e carrinhos nos quais a criança pode, inclusive, entrar. “A diversão já pode começar na montagem e na personalização, com a família toda se envolvendo, pintando com tinha guache ou colando adesivos. Depois, é só dar asas à imaginação, criar histórias e brincar”, explica Mazurkyewistz.

Com a proximidade do Dia das Crianças, os brinquedos de papelão surgem como uma alternativa de presente que não só resgata as brincadeiras de antigamente sem tecnologia, mas também fortalece os laços familiares, incentivando atividades que envolvam todos os familiares. “Presentear a criança com algo desse tipo não é simplesmente dar um brinquedo; é proporcionar momentos únicos de brincadeira ao lado dos pais e criar memórias duradouras. São lembranças que não se quebram nem se perdem, e que permanecerão para toda a vida”, conclui Mazurkyewistz.