O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) ficou estável em setembro, em 107,8 pontos, mantendo-se abaixo dos 110 pontos, região avaliada como de incerteza moderada. Na métrica de médias móveis trimestrais o indicador, recuou 1,0 ponto, para 108,6 pontos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
“Após três meses em queda, o Indicador de Incerteza Econômica mostrou estabilidade em setembro. A análise dos dados diários revelou uma queda no indicador até meados do mês, possivelmente impulsionada pelos resultados positivos da atividade econômica. Na segunda quinzena, no entanto, voltou a subir, pressionado pelas discussões sobre a política monetária dos próximos meses e pelo agravamento do conflito no Oriente Médio. Os debates em torno da trajetória da taxa de juros e da inflação, que já vinham afetando o componente de Expectativas, continuaram alimentando ruídos de incerteza nos últimos dias, neutralizando a queda registrada na primeira metade do mês pelo IIE-Br”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
O componente de Mídia do IIE-Br recuou 0,1 ponto em setembro, para 106,0 pontos, o menor nível desde março deste ano (105,6 pts.), contribuindo negativamente com 0,1 ponto para a queda do índice agregado. O componente de Expectativas, por sua vez, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu pela quinta vez seguida, agora em menor ritmo, em 0,1 ponto. O indicador registra, em setembro, 111,5 pontos, maior nível desde junho do ano passado (116,8 pontos); sua alta contribui positivamente com 0,1 ponto para o resultado do IIE-Br no mês.