Inadimplência no RS chega a 39,8% da população, aponta indicador

3,4 milhões de pessoas estão com dificuldades de pagar suas dívidas no Estado

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O Rio Grande do Sul registrou um pequeno recuo no número de inadimplentes no mês de agosto (0,85%) em relação ao mês de julho. Atualmente são 3,4 milhões de gaúchos (39,8% da população) que acumulam 12.520 milhões dívidas que somam R$ 18,9 bilhões. Em Porto Alegre são 496.819 mil devedores que juntos devem mais de R$ 3,1 milhões. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 30, no Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa Experian.

Ainda no Estado, 50,1% da população devedora é do sexo feminino e a faixa etária com mais devedores está entre os 41 e 60 anos (34,2%), seguida por pessoas entre 24 e 40 anos (32,4%). No RS, o segmento que concentra maior número de inadimplentes é o de bancos e cartões de crédito, seguido pelo de financeiras, com 17,5%.

No país, o principal indicador de inadimplência do Brasil volta a registrar queda, reforçando a tendência de baixo do ano. Mesmo com 72,4 milhões de inadimplentes, o mês de agosto registra a terceira menor marca do ano em número de endividados, retomando ao patamar de janeiro e fevereiro. A queda em agosto representa menos 200 mil nomes no cadastro de negativação do país.

“Desde abril percebemos uma tendência de queda no número de inadimplentes”, analisa Aline Maciel, gerente da plataforma Serasa Limpa Nome. “A redução alivia a pressão sobre o orçamento das famílias e sinaliza um cenário mais favorável para a economia, com mais pessoas conseguindo voltar a ter acesso ao crédito”, explica Aline.

Praticamente todos os motivos que geram o endividamento do brasileiro apontaram queda em agosto. O segmento de Bancos e Cartões de Crédito representam 27,9%, com uma queda de 0,46 pontos percentuais em relação ao mês anterior. As contas básicas de água, luz e gás apresentaram queda de 0,15 pontos percentuais, comparadas a julho.

O setor de serviços, que engloba atividades como atendimento ao consumidor, transporte e administração, teve a maior redução, com uma queda de 1,22 pontos percentuais. Em contraste no cenário apenas o segmento de telecomunicações, que teve um leve acréscimo de 0,5 ponto percentual em agosto, quase uma estagnação do indicador.