A economia brasileira deverá apresentar um crescimento de 3,2% este ano, em contraponto com a estimativa anterior de 2,3% de desempenho positivo. A estimativa consta do Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, 26, pelo Banco Central, justificada pelo desempenho positivo do segundo trimestre do ano. Pelo documento haverá bons resultados para os três setores da economia.
A estimativa para a agropecuária registrou recuo de menor intensidade, passando de uma queda de 2,0% para uma retração de 1,6%. A estimativa leva em consideração o desempenho da pecuária e produção florestal, pesca e aquicultura, refletindo resultados até o segundo trimestre melhores do que os antecipados.
Já para a indústria, a previsão foi ajustada de uma alta de 2,7% para 3,5%, devido a melhorias na indústria de transformação, construção e “eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos”, também impulsionadas por surpresas positivas no segundo trimestre. O documento estima novas altas na construção e na indústria de transformação no segundo semestre, embora de magnitudes menores do que as verificadas no primeiro, diz o relatório.
ENERGIA
Já o setor de energia, água e esgoto deve registrar um recuo na segunda metade do ano, devido ao forte desempenho estimado da participação de termoelétricas na produção total de energia elétrica, em virtude da escassez de chuvas em bacias que alimentam importantes hidrelétricas. No segmento da indústria extrativa, a projeção ficou praticamente inalterada, refletindo resultado ligeiramente abaixo do esperado no segundo trimestre e alterações moderadas nos prognósticos de produção anual dos principais produtores do setor.
Para o setor de serviços, a projeção se alterou de uma alta de 2,4% para 3,2%. Houve melhora nas previsões para todas as atividades, com exceção de “transporte, armazenagem e correio”, que ficou praticamente estável. No âmbito doméstico, a estimativa para o crescimento anual do consumo das famílias aumentou de 3,5% para 4,5%, a do consumo do governo de 1,8% para 2,7%.
A estimativa para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida dos investimentos, passou de 4,5% para 5,5%. Para 2025, o documento projeta crescimento de 2,0%, com variações nos componentes da oferta e da demanda razoavelmente homogêneas e, de modo geral, menores do que as esperadas para 2024.