Vendaval danifica telhados e fachadas, derruba árvores e deixa rastro de destruição em Camaquã

Cidade foi atingida por fortes ventos no início da manhã desta quarta-feira e enfrenta diversos transtornos

Moradores colocam lonas após terem o telhado arrancado em Camaquã | Foto: Pedro Piegas

As condições climáticas severas que atingem a Região Sul do Estado nesta semana se intensificaram durante a madrugada desta quarta-feira e deixaram um rastro de destruição em Camaquã. A cidade esteve no caminho de um forte vendaval, registrado por volta das 6h, que causou transtornos em diversos bairros.

Entre os estragos, casas foram destelhadas, fachadas foram derrubadas e estruturas colapsaram na área urbana. No bairro Carvalho Bastos, o morador José Aldair Correa, de 43 anos, foi um dos atingidos. “Acredito que foi uma rajada de vento, que arrancou os detalhados nas casas vizinhas e deixou muita destruição. Eu nunca tinha visto algo assim. A gente está colocando uma lona para impedir que a água da chuva destrua os móveis”, relata.

Na av. Cônego Luiz Walter Hanquet, uma loja de automóveis teve praticamente toda a fachada destruída e teve diversos carros danificados. “Com o vento, os telhados das casas atingiram a vidraça e fizeram com que uma corrente de vento entrasse e danificasse roda a estrutura. Ainda estamos contabilizando as perdas”, disse um funcionário que prefere não se identificar.

Ao menos duas escolas também acabaram atingidas na cidade. No Instituto Estadual Cônego Luiz Walter Hanquet, a cobertura de um ginásio foi ao chão por conta do vento. A Escola Municipal João Belchior Marques Goulart também sofreu danos no telhado, assim como o hospital da cidade.

Conforme o Corpo de Bombeiros Militar da cidade, até às 10h mais de 40 chamados já haviam sido atendidos, desde o corte de árvores até o auxílio com lonas para moradores. A Prefeitura se Camaquã informou que, dada a quantidade de casas e comércios atingidos, que somam centenas, os prejuízos ainda estão sendo contabilizados.

Além dos destelhamentos, árvores foram arrancadas pelo vento, postes caíram e diversas ruas apresentam alagamentos. Grande parte do município enfrenta, ainda, a falta de energia elétrica.

De acordo com avaliação da MetSul Meteorologia, os problemas foram causados, provavelmente, por uma microexplosão – corrente de vento descendente violenta que se espalha de forma radial ao atingir a superfície.

No final da manhã, um ofício foi encaminhado pela Prefeitura ao governo do Estado e à Secretaria de Reconstrução do RS, do governo federal.