Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2024, assim como para o Produto Interno Bruto, aproximando de 3% o crescimento em sintonia com o projetado pelo Ministério da Fazenda. Os dados fazem parte do Boletim Focus divulgado pela autoridade monetária nesta segunda-feira, 16. A estimativa é que o índice inflacionário suba de 4,30% projetado na semana passada para 4,35%, na oitava semana seguida de crescimento.
Se confirmado, a inflação de 2024 se aproxima ainda mais da meta central definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 3,92% para 3,95% na última semana.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 2,68% para 2,96%. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro permaneceu em 1,90%.
TAXA DE CÂMBIO
Já a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 5,32 para R$ 5,33. Para o fim de 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5,30. Para o saldo da balança comercial, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 5,35 para R$ 5,40. Para o fim de 2025, a estimativa avançou de R$ 5,30 para R$ 5,35. Os economistas do mercado financeiro continuaram prevendo aumento da taxa básica de juros da economia brasileira nesta semana. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia se manteve em 11,25% ao ano. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após duas manutenções seguidas pelo Banco Central.
Quanto aos investimento estrangeiro, a previsão do relatório Focus para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 71 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso subiu de US$ 73 bilhões para US$ 73,5 bilhões. Já para a balança comercial, a projeção caiu US$ 83,5 bilhões para US$ 82,7 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo recuou de US$ 79 bilhões para US$ 77,7 bilhões.