Defesa de professora indiciada nega maus-tratos contra aluno em escola de Carazinho

A Polícia Civil indiciou uma professora por maus-tratos, em Carazinho, no Norte gaúcho. Isso ocorre após câmeras de segurança de uma escola da rede municipal registrarem o momento em que a mulher de 40 anos conduz pelo braço um menino, de três, até uma sala. A defesa afirma que ela é alvo de injustiça, enfatizando que as imagens são parciais e que não houve qualquer tipo de crime.

O caso foi encaminhado para análise do Ministério Público. Até o momento, o órgão não ofereceu denúncia e, caso faça isso, o Judiciário ainda terá que avaliar se aceita a peça ou não. Em outras palavras, a professora não é acusadanem ré, em nenhum processo.

As imagens remetem ao dia 7 de agosto. Familiares do menino alegam que ele foi puxado pelo braço de forma violenta e depois permaneceu trancado por quase 10 minutos em uma sala escura, o que teria gerado traumas nele. O episódio gerou protestos em frente ao estabelecimento de ensino e a professora acabou afastada das funções, por determinação da Secretaria de Educação do município.

O advogado Nathan Egger de Souza, responsável pela defesa da docente, afirma que as imagens são parciais. Ele diz que a velocidade do vídeo chegou a ser acelerada em publicações de alguns sites e redes sociais.

Ainda de acordo com o jurista, não houve maus-tratos contra a criança. Na data dos fatos, diz a defesa, a professora estaria encarregada de tomar conta de aproximadamente 14 alunos, quando um deles fugiu. O advogado nega que o menino tenha sido agredido, destacando que a professora agiu de forma enérgica para garantir a segurança do pequeno.

“Ela é pessoa justa e que grita a verdade. Vamos provar que não houve maus-tratos. As imagens são parciais e, em algumas postagens, foram aceleradas. A professora conduziu o aluno para a sala de aula para resguardar a saúde dele. Ela foi enérgica, jamais agressiva”, pontuou Nathan Egger de Souza.

O advogado também recusa a versão que a mulher teria deixado o aluno trancado minutos a fio em uma sala escura. Com o menino no local, a professora teria solicitado rapidamente o auxílio de outra funcionária da escola. Isso, defende o jurista, seria comprovado com a exibição do vídeo na íntegra.

“Com os vídeos na íntegra, se nota perfeitamente que ela não deixou a criança na sala por 10 minutos. Se passaram segundos até que ela pedisse ajuda para uma servente do colégio”, garante.

A defesa ainda contesta o afastamento da professora. O argumento é que ela já estaria de licença, por contas de traumas gerados a partir da repercussão do ocorrido, o que impediria a medida tomada pela Secretaria Municipal de Educação.