Capital tinha mais de 350 mil pessoas inadimplentes em agosto, diz CDL Porto Alegre

No estado este total supera os 2,6 milhões de CPF’s

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O percentual de adultos com restrição em crédito, cheque ou protesto no Rio Grande do Sul voltou a crescer em agosto, embora siga abaixo do constatado em abril – antes dos alagamentos históricos. Por outro lado, houve redução da inadimplência das empresas no período. Segundo o Indicador de Inadimplência CDL POA, elaborado pela Assessoria Econômica da Entidade com base nas informações restritivas da Equifax/Boa Vista, a inadimplência de pessoas físicas totalizou 31,36% em agosto no Rio Grande do Sul, enquanto em Porto Alegre o percentual foi de 32,60%. Hoje são 2,689 milhões de CPF’s na base de dados da Equifax | Boa Vista no âmbito estadual e 350.438 na Capital, de acordo com estimativas próprias que consideram o Censo de 2022, do IBGE.

Os percentuais de pessoas jurídicas com limitação em crédito, cheque, protesto ou ação judicial exibiram nova retração em agosto, pelo terceiro mês consecutivo. O índice passou de 14,11% para 13,88% no estado e diminuiu de 15,20% para 14,87% em Porto Alegre. Ambos os números recuaram para níveis próximos aos de maio de 2023, ou seja, são os menores em mais de um ano. Se utilizadas as estatísticas do Mapa das Empresas, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o total estimado de CNPJ’s com negativação em termos absolutos alcança 202.556 para o RS e 34.931 para a Capital.

 Indicador de Inadimplência da CDL POA para as pessoas físicas – RS – (Em %)

Indicador de Inadimplência da CDL POA para as pessoas físicas – POA – (Em %)

Conforme a área econômica da entidade, as altas recentes estão associadas ao uso gradual dos recursos injetados na economia gaúcha após as inundações. O consumo, em grande parte voltado para a recuperação de patrimônio, tem impulsionado a atividade econômica a curto prazo. Em agosto, a arrecadação de ICMS cresceu 27,8% em relação ao mesmo período de 2023, já corrigida pelo IPCA.

Segundo o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, “como o dinheiro não está sendo reposto, seja via adiantamentos de outros benefícios do governo, pagamentos de novos auxílios e concessões adicionais de determinadas carências, os indicadores aumentam.