O tempo seco, as altas temperaturas em razão da alta incidência de incêndios no Brasil e no exterior, compõem um cenário que compromete a qualidade do ar no país e no Rio Grande do Sul. O cenário deve mudar com a chegada de uma frente fria, que trará chuvas que irão ajudar a limpar a atmosfera, embora ocorra a chamada chuva preta, ocasionada pelos poluentes suspensos na atmosfera. De acordo com a meteorologista Estael Sias, a fumaça carrega junto a fuligem que pode ocasionar a chuva em tom escurecido.
“Essa fumaça carrega junto a fuligem que é a parte desse material orgânico que não foi totalmente queimado. Essas partículas estão junto da fumaça e quando chove pode ter esse tom escurecido e alaranjado”.
A frente fria também trará ventos do sul, que irão empurrar a fumaça para fora do Estado, melhorando a qualidade do ar. os ventos do sul devem continuar a melhorar a situação. Conforme Estael, além da chuva atípica, outros fenômenos podem ocorrer no estado devido a fumaça dos incêndios.
“É possível que os dias fiquem mais escuros e cinzas devido a essa fumaça também. Isso só deve acabar quando as queimadas acabarem, quando a fumaça não estiver mais disponível na atmosfera para o vento levar”.
Nesta quarta-feira, moradores dos municípios de Arroio Grande, Pelotas e Rio Grande registraram o fenômeno conhecido como “chuva preta”.