Uma quadrilha especializada em furtos foi alvo da Operação Eco, deflagrada nesta terça-feira em Porto Alegre e São Sebastião do Caí. Cinco pessoas foram presas temporariamente e houve cumprimento de oito mandados de busca. Segundo a Polícia Civil, o grupo é responsável por cometer pelo menos 60 crimes patrimoniais, ao longo de um ano, em municípios da região Metropolitana e Vale do Sinos.
A ofensiva resultou na prisão de dois homens e três mulheres, com idades entre 20 e 26 anos. Todos os investigados somam antecedentes por furto, sendo que dois deles também respondem por roubo. Além disso, um dos suspeitos cumpria pena em regime semiaberto, com uso de tornozeleira eletrônica.
Sob comando da 3ª DP da 2ª Delegacia Regional de Canoas, a ofensiva ocorreu após dois meses de investigação. Isso porque, no dia 6 de julho, câmeras de segurança registraram o momento em que o grupo furta uma loja de games e produtos eletrônicos no principal shopping da cidade.
Por meio da análise da gravação, os investigadores conseguiram identificar cada um dos suspeitos e constataram que eles faziam parte de um grupo organizado. A apuração indicou que a gangue era formada por moradores de São Sebastião do Caí e da zona Sul da Capital, mas que atuavam em outras nas cidades gaúchas.
Os suspeitos teriam participado de furtos em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Cachoeirinha e Esteio, além de Canoas. A investigação aponta o bando atuava em lojas, de preferência no interior de shoppings e centros comerciais, onde eram comercializados produtos de alto valor.
A PC constatou que o modus operandi dos bandidos consistia em adentrar nos estabelecimentos e identificar quais mercadorias iriam furtar. O segundo passo era distrair os atendentes, enquanto uma das mulheres cometia o furto. Por fim, cada um dos criminosos saia da loja como se não tivesse escolhido nada para levar.
O delegado regional Cristiano Reschke destaca que a prisão dos investigados resultará na redução do número de furtos em todas as cidades onde o grupo atuava. Ele também pede que a população registre boletins de ocorrência quando houver casos similares.
“A operação foi um duro golpe no esquema de furtos qualificados em lojas do varejo. Acreditamos que, com as prisões de hoje, sentiremos redução nos crimes do tipo nos comércios da região Metropolitana. Por isso é tão importante que as vítimas não deixem de registrar furtos e de preservar imagens do sistema de segurança, de forma a se comprovar a continuidade delitiva e garantir maior responsabilização dos criminosos”, enfatizou o delegado Cristiano Reschke.
Todos os presos na operação desta manhã foram reconhecidos por vítimas na 3ª DP de Canoas. A investigação prossegue, porque o envolvimento de mais pessoas com o grupo não é descartado.
